O Corinthians conquistou o 27° campeonato paulista de sua
história, com um merecimento indiscutível.
Os comandados de Tite “trituraram” o Santos em ambos os jogos. No
primeiro, ofensivamente e no segundo, com muita marcação e aplicação, aplicação
tamanha que nem se viu poeira do time santista em campo e nem de sua principal
estrela: Neymar.
Nestes dois jogos ficou maisdo que claro que o time corintiano
é superior em quilômetros ao time da baixada. Não só o time aliás, mas como
também o elenco. Tite tem quem colocar no lugar de Emerson, Romarinho,
Alessandro, Guerrero e Danilo, sem perder qualidade, que nos digam Pato,
Edenilson, Douglas e R. Augusto (hoje, contundido).
No jogo da Vila, Cícero, aos 26 minutos, fez um golaço. O Santos com um chute
tinha conseguido tudo aquilo que o Corinthians havia conquistado em 90 minutos
no jogo passado: a vantagem de um gol. E com o gol, o peixe naquele
momento, igualou as coisas, pois no Pacaembu o placar foi 2 a 1. Só que a diferença é que o Corinthians não se
comportou fora de casa como o peixe havia se comportado.
Dois minutos depois, o alvinegro paulista, empatou. Paulinho na cara do gol desperdiçou graças à
defesa de Rafael, mas para alívio dos corintianos, e pelo rebote do mesmo,
Danilo estava livre e o gol também, logo só teve o trabalho de empurrar a bola
para o fundo da rede, era a reação corintiana! O Santos que naquela altura, era
quem precisava reagir, nada conseguia. E Neymar estava lá na ponta esquerda e
nada fazia.
No segundo tempo, o Santos atacava, mas não concluía o
ataque. Era bola alçada e Paulo André cortando, bola alçada e Gil afastando. Pareciam mais vários replays de tentativa de
ataque dos comandados de Murici. O Corinthians estava se defendendo muito bem. Mas
nós sabemos que quando se enfrenta um time muito bem defensivamente, a solução é o drible, e para driblar, se precisa de um jogador habilidoso, aí está a
questão: Neymar, o mais habilidoso não usou de seu potencial. Neymar não é
limitado, mas verdade é que são mais os jogos em que ele não joga bem do que
os jogos em que ele “brilha” ou usa um “pouco” de sua técnica.
O Santos hoje é Neymar mais 10. E sem ele, o time fica zerado,
um time limitado, que não faz frente à nenhum grande rival. Neymar quando
raramente tocava na bola, a perdia com a mesma frequência que respira. Além de tudo, ele é o combustível desse time.
Ele indo bem, levanta o jogo, entusiasma o time, a equipe cresce, o Santos
cresce!
O Corinthians não estava nem aí para isso e desperdiçava as
chances de matar o jogo. Entre idas e
vindas desesperadas do Santos ao campo de ataque, o Corinthians aproveitava o
espaço na defesa santista e entre uma tentativa e outra, Romarinho sozinho na cara do gol, mandou na trave. No fim
da partida, mais uma grande chance desperdiçada. Tite àquela altura já havia colocado
Douglas e Pato em campo e os dois justificaram sua entrada, Douglas descolou um
passe lindo por dentro da defesa santista para Pato, que cara a cara com
Rafael, mandou para fora. O gol não fez
falta para o título, mas talvez tenha feito falta para Pato, que caso marcasse,
faria o gol do título, e um ‘gol de título’ à essa altura, fortaleceria e muito
Pato na disputa para ser titular.
O Corinthians assimilou rápido o golpe de quarta-feira, jogou
demais, marcando muito e o mais importante: jogou e não deixou o adversário
jogar, ainda que o adversário em questão, não tenha feito grande frente à ele.
Jogou muito nos dois jogos da final, desempenho que, se tivesse sido repetido
na La bombonera (jogo de ida), sem dúvida nenhuma, evitaria a eliminação de
quarta pela Libertadores, com ou sem Amarilla (apitante do jogo de volta). Mas
são águas passadas.
Parabenizo Paulinho que é o craque desse time do
Corinthians. Parabenizo à todos os outros jogadores e comissão técnica que
compõem o time do Parque São Jorge. Mas em especial, parabenizo Tite! Ele conquistou os títulos mais importantes no
comando do Corinthians, faltava apenas o ‘mais comum’(que não tira sua importância) dos títulos corintianos, o título mais conquistado da casa, o campeonato paulista, agora não falta mais. E ele veio num momento especial para tirar o
sabor de amargo da boca deixado pela eliminação na Libertadores.
Corinthians campeão paulista de 2013. Título que acabou com
sonho do Tetra campeonato inédito do Santos, mas que enriquece a trajetória de
Tite no Corinthians e enriquece, acima de tudo, a tradição corintiana em São
Paulo, o maior campeão paulista!
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