domingo, 10 de março de 2013

Venceu quem ousou mais ! Perdeu quem não ousou nada!

O Botafogo é campeão da Taça Guanabara 2013 merecidamente. Venceu hoje com um placar apertado o Vasco por 1 a 0, gol de Lucas.

No jogo de hoje o Vasco largava na frente. Por ter feito melhor campanha na fase classificatória, o Vasco jogava pelo empate. Já o Botafogo mais uma vez ia ter que vencer para conseguir seu objetivo, já que contra o Flamengo, o Bota também não tinha a vantagem do empate.

O Vasco no jogo se limitou à duas oportunidades de Carlos Alberto. A primeira, foi uma grande chance logo no início do jogo em que Carlos Alberto numa bola cruzada ficou na cara do gol, com Jefferson praticamente batido, mandou pra fora.  A segunda, foi no meio do segundo tempo, em que mesmo marcado, Carlos Alberto conseguiu, próximo da pequena área dá um lindo voleio para uma mais linda ainda defesa de Jefferson. Foi isso e só! De resto, o Botafogo tentava se infiltrar na parede defensiva vascaína.

O time de Oswaldo de Oliveira dominou o cruz maltino territorialmente o tempo todo. Cercou o Vasco o primeiro tempo inteiro, mas o Vasco estava marcando bem e o Botafogo não fez grandes coisas. Era um domínio sem objetivo. De considerável mesmo para se tirar do primeiro tempo, foi a incrível falta de ofensividade do Vasco que nem contra atacava. Lamentável.

Na segunda etapa, Oswaldo tirou o volante Marcelo Mattos e colocou o atacante Vitinho, que contra o Flamengo tinha se saído muito bem. Time pra frente, e o início da etapa contou com uma BLITZ do Botafogo, o Glorioso voltou com tudo, mas tentava e tentava e nada conseguia.

Depois dos 20 minutos iniciais, veio a parada técnica, e o Bota esfriou. O Vasco voltou mais disposto, nada suficiente para merecer a vitória. Carlos Alberto estava como atacante isoladíssimo, não cabe a ele ficar ali, Gaúcho tem que usar o CA10 mais recuado como o meia de qualidade que ele é. Falta um centro avante para o Vasco, não pode improvisar o Carlos Alberto ali. Então que o Vasco busque um centro avante(Bernardo e Eder não são), porque como já disse, precisa e muito. Assim como o Botafogo, que por mais que tenha jogado com Rafael Marques, ninguém percebeu ou viu ele no jogo, como o de costume, diga-se de passagem.

O tempo foi passando, e Vitinho não satisfez a expectativa com o mesmo futebol que jogou contra o Flamengo. A diferença que dessa vez, ele estava enfrentando uma defesa bem fechada, marcação em cima, coisa que contra o Flamengo não encontrou, pois o time rubro-negro na ocasião estava todo na frente, precisando do resultado. Em suma, contra o Fla, Vitinho teve espaço e jogou bola. Contra o Vasco não teve espaço e não jogou bola. Jogadores medianos quando tem espaço conseguem aprontar um jogo aqui, outro ali. A expectativa é ver mais um pouco desse menino Vitinho que tem bom drible, bom gingado, mas é jogador pra jogar em velocidade, explorar contra ataques, isso é o que ficou claro no jogo de hoje.

Aos 35 do segundo tempo, um lindo passe de categoria de calcanhar de Seedorf para Júlio César cruzar para a grande área, a bola sobrou no segundo pau para Bolívar, livre! Ele matou no peito, tinha tudo para chutar, mas preferiu aproveitar sua visão de jogo e rolou açucaradamente para o lateral Lucas, aparecer sozinho e de primeira, com categoria, fazer o gol do jogo.

O Botafogo conseguiu furar o bom bloqueio vascaíno. O Vasco pagou, não simplesmente pelo fato de ter a vantagem do empate e sim por deitado e inclusive dormido nela!!! Não agrediu o Botafogo. É claro que tinha a vantagem, não tinha que sair atacando de qualquer jeito e se abrindo para o Botafogo, mas não podia viver lá atrás, acomodado com o 0 a 0, sem explorar os contra ataques. Mas acho que além de postura, a limitação de seu elenco não o possibilitou de oferecer grandes riscos ao Botafogo.

Gaúcho, com o gol sofrido, decidiu repetir as alterações que foram a solução para a virada do Vasco na semifinal contra o Fluminense.  Colocou Darkson e Romário. Só que o que Gaúcho precisava perceber é que clássico não é bolo! Isso mesmo que você leu. Clássico não é bolo! Para se fazer um bolo você tem aquela receita para sempre dá certo. Mas em clássico não é assim. Gaúcho repetiu a dose que tinha dado certo contra o Flu, mas que contra o Botafogo não deu nem pro cheiro. Se para virar um clássico existisse uma receita certa, todo mundo a faria sempre e seria tudo muito simples. Mas não é. Clássico é clássico e o que dá certo hoje, amanhã pode não alterar absolutamente nada! Espero que Gaúcho tenha aprendido.

Renato Silva fez o gol do empate. Mas o gol foi anulado, corretamente, e deixou nos suspiros os corações vascaínos. No último lance do jogo, uma falta à longa distância batida por Felipe Bastos, que deu rebote, que era dos vascaínos, e Jefferson fez uma grande defesa. O Vasco ali tinha dado o seu último golpe para tentar o título, mas em vão.

Tecnicamente o jogo foi fraco. Mas o Botafogo aproveitou e venceu! É campeão. Aliás, a vantagem do empate acabou com a ousadia do Vasco! E deu mais ousadia ao Botafogo, tanto na semi, quanto na final. Então viva à ousadia! Venceu quem ousou mais, e merecidamente!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Sumiram com o problema sem ao menos tentar resolvê-lo.


O Flamengo acabou com a ginástica artística e o judô do clube. Decisão tomada por esta nova diretoria, se baseando no argumento em que a ginástica consome 2 Milhões de reais anuais do clube, aproximadamente 167.000 reais mensais.

Sem embromação e sem enrolação, já vou dizendo o que penso: a diretoria errou!  

Você pode discordar, dizendo que o custo mensal gasto com a ginástica é alto. Mas para isso teríamos que pegar a média do que os outros clubes também gastam. E mesmo assim, os outros clubes não possuem três dos principais ginastas brasileiros: Jade Barbosa, Daniele Hypólito e o campeoníssimo Diego Hypólito, logo natural que o Fla gaste mais com eles.

Dizer que foi necessário acabar com a ginástica para cortar gastos, sinceramente me parece um jeito de sumir com o problema sem ao menos pensar em tentar resolvê-lo.

Uma coisa é desaparecer com o problema. Outra é ter que deixa-lo de lado, justamente quando não se tem outra opção, como foi no caso de Vágner Love. O Flamengo teve que dispensá-lo de volta para Rússia porque não tinha outra maneira de mantê-lo, afinal o Fla ainda tinha que pagar mais de 14 milhões de reais para completar o pagamento. Este sim foi um caso que não havia outro jeito.

Agora, como bem falou Diego Hipolyto, contestando o argumento da diretoria rubro negra, que o salário dele e dos outras atletas mais o da comissão técnica não chegava a um salário de um jogador de futebol do clube. Argumento que contra põe o da diretoria. E eu complemento, o que é mais fácil? Acabar com um esporte que está à anos com a bandeira do Flamengo ou dispensar um jogador comum?

Claro que o futebol tem que ser o carro chefe do Flamengo, já falei aqui em outra oportunidade que não existe Flamengo sem futebol e vice versa. Mas uma coisa é PRIORIZAR, outra é ANIQUILAR.

Bem disse também, a ginasta Jade Barbosa, que não tem cabimento uma cidade que sediará a próxima Olimpíada, não ter nenhum clube para apoiar ginastas olímpicos. Ela não tem razão? Isso não é um absurdo? Com certeza!!!! Mais que uma decisão de corte, esta decisão do Flamengo veio na pior hora possível e vou além: Não quiseram pensar um momento que fosse, em como contornar a situação, e já explico isso abaixo.

Simples. Se o Rio de Janeiro é a próxima sede dos jogos Olímpicos, é claro que o nosso Governo irá tentar de todas as formas, investir em novos atletas e em instalações para o aprimoramento e crescimento dos esportes em que mais temos chances. Logo entra nessa lista, a ginástica e o judô, entre outros. Isto sem falar, das empresas privadas que vão querer entrar nesse bolo, patrocinando os atletas e os clubes.

Se a diretoria tivesse feito um planejamento, poderia sim, caso buscasse, conseguir um patrocínio para apoiar a ginástica e o judô do clube. Ou vocês acham que nenhuma empresa em absoluto iria querer patrocinar dois dos três esportes que forneceram medalha de ouro para o Brasil nos últimos jogos Olímpicos? Óbvio que sim! E o Flamengo poderia mundialmente expor sua marca e ser uma concentração desses esportes na Olimpíada. Por isso digo que não quiseram nem pensar, poderiam conseguir patrocínio e aumentar a visibilidade da marca Flamengo por todo mundo. Pois é, tanto a ginástica, quanto o judô, perderam uma das casas mais importantes para o seu desenvolvimento e para chegarem fortes em 2016. A decisão da diretoria não afeta só o clube e sim o esporte num cenário nacional.

Mas foi mais fácil se livrar do problema do que tentar resolvê-lo. O primeiro grande erro dessa nova diretoria do Flamengo. E caso continue a pensar assim “cortar, cortar, cortar”, erros piores ainda virão. Nem sempre cortar é a solução ! ! ! !

domingo, 3 de março de 2013

Data marcante para Zico e agora também para o Botafogo


3 de março. Aniversário do eterno ídolo e craque Zico.  Amado por rubro negros e tantos outros brasileiros, Zico completou nesta data 60 anos. Mas esta data de hoje se tornou histórica também para os botafoguenses. Foi a primeira vitória em sua casa, o Engenhão, em cima do Flamengo. O Botafogo quebrou um tabu de três anos. Onze jogos. Um número quase que absurdo para quem, por mais que ceda o estádio para o rival mandar suas partidas, joga clássico em casa. Afinal se você não tiver moral em casa.....vai ter aonde?

Enfim, ufa! Graças! Comemora o torcedor botafoguense esta primeira vitória.

No jogo em si, vencido pelo alvinegro por 2 a 0, poucas emoções no primeiro tempo. O ‘filé’, para quem gosta de uma partida emocionante, estava mesmo na segunda etapa.

Mas cabe registrar, que os papéis de cada time foram invertidos com um minuto de jogo. O Botafogo é quem tinha que correr atrás, pois o empate era do Flamengo, logo a proposta rubro-negra era de explorar os seus espaços. Mas a situação mudou em um lance individual, num belíssimo gol de Júlio César, a bola bateu numa trave e foi morrer no canto oposto. Deixando oposto também os papéis de cada equipe. Agora o Flamengo era quem tinha que sair para o jogo e o Bota explorar os contragolpes.

Pois é, o Botafogo se defendeu muito bem! Mas não aproveitou nenhum contra ataque, até porque o Flamengo não oferecia, justamente porque não atacava. Isso mesmo, precisando do gol, o Flamengo não conseguia de hipótese alguma assustar o goleiro Jefferson. Sinceramente, se alguém ligasse a Televisão naquele instante, sem o placar para avisá-lo quanto estava o jogo, iria pensar que os dois estavam se classificando.

Antes de terminar a coluna, já digo, o Flamengo mereceu a eliminação. Não finalizou uma bola no primeiro tempo e time que quer chegar à uma final, seja ela qual for, tem que finalizar. 45 minutos sem finalização? ISTO É UM CRIME contra o bom futebol.

No segundo tempo, Dorival enxergou o que deveria ter feito com 15 minutos de bola rolando, mas não o fez, porque treinador nenhum tem coragem de substituir alguém por motivos técnicos logo no começo. Finalmente ele tirou Carlos Eduardo e colocou Rodolfo, além também de tirar Elias e colocar Renato Abreu. O Flamengo melhorou. Não ao ponto de brilhar e encantar, mas pelo menos lembrou, ainda que um pouco, o time que arrasou todos na fase classificatória da TG.

O Flamengo cresceu e chegava. O Botafogo se recuou e começou a marcar mal. O time da estrela solitária sofreu uma blitz do Rubro-negro. Finalmente o time de melhor campanha fazia por onde pra merecer o empate.  Mas esbarrou numa tarde muito feliz de Jefferson. Ele defendeu tudo. Hernane, artilheiro do campeonato, teve sua chance. Cara a cara com o goleiro, cabeceou em cima dele, no rebote Jefferson foi com tudo e esticou a perna esquerda salvando o que seria o empate do Flamengo, no chute do Hernane.
Dorival decidiu apostar todas as suas fichas. Tirou um volante, o Cáceres e colocou o garoto Gabriel, ex-Bahia, para fazer sua estreia. O garoto entrou bem, deu um belo chute de fora da área em que Jefferson salvou de forma esplêndida. Não rendeu tudo o que pode, normal, primeiro jogo, mas não se escondeu da bola e mostrou que será importante ao Flamengo.

O jogo continuava, parecia à mim que o Flamengo iria empatar. Foi quando lembrei, vendo as defesas espetaculares de Jefferson, que até ali Felipe não tinha feito nenhuma defesa difícil no jogo, porque o Botafogo não estava dando trabalho. Mas foi só eu notar isso que Oswaldo de Oliveira decidiu mexer para dar trabalho ao arqueiro rubro-negro. Teve estrela e encaminhou o clássico com uma substituição. Ele percebeu que o Botafogo nada fazia. Estava tomando pressão, afinal também, no primeiro tempo, quando Andrezinho se machucou, ele colocou um volante, o Gabriel. E no segundo tempo, tirou o lateral, Júlio César, autor do gol do primeiro gol, para colocar um zagueiro, o ex rubro negro, André Bahia. Foi aí que com um time todo atrás, com TRÊS zagueiros e TRÊS volantes, Oswaldo decidiu ceder um pouco à coragem e largar o medo de lado. Colocou Vitinho no lugar de Lodeiro. Dois bons jogadores. Só que para aquela situação do jogo, era o ideal. Pois Lodeiro, cadencia mais o jogo, é mais técnico; já Vitinho usa de velocidade, é ágil, e era disso que o Botafogo precisava (velocidade) para tentar matar o jogo. E foi o que aconteceu.

O Flamengo, que já não pressionava tanto assim, começou a se preocupar lá atrás. Porque Vitinho ‘chegou chegando’, teve uma chance logo de cara. Depois Felipe que estava apenas assistindo ao jogo, fez grandes defesas, salvou o Flamengo num chute cara a cara que recebeu de Felipe Gabriel. No rebote, também cara a cara, só que com o Vitinho, Felipe salvou novamente. O Botafogo abusava, melhor, Vitinho abusava em desperdiçar oportunidades.

Até que chegou o último minuto do jogo. Falta para o Flamengo. Felipe foi pra área. Nada aconteceu, e o Botafogo teve o contra ataque fulminante. De pé em pé, a bola chegou à Vitinho, que finalmente, depois de perder três chances de matar o jogo, marcou. Também pudera, sem goleiro.......se não fizesse, já podia enterrar a cara no chão.

É claro que, não posso deixar de falar, da péssima atuação do árbitro Grazianni Rocha. Entre tantos erros, e o estrelismo do árbitro, sem dúvida, o pênalti não marcado para o Flamengo foi vergonhoso para o jogo. Ibson chutou de fora da área e Marcelo Mattos usou os braços para se defender. Pênalti. O árbitro não marcou. Se o Flamengo tivesse empatado naquela ocasião, não iria se expor, o Botafogo não contra atacaria tanto, e o segundo gol não aconteceria (pelo menos daquela forma), pois Felipe não teria a necessidade de sair do gol no último minuto. Enfim, não cabe a mim julgar e tentar adivinhar o que iria acontecer, agora o Flamengo foi prejudicado e muito pela arbitragem.

Mas independente de erro de árbitro, o Flamengo não podia ficar sem finalizar no primeiro tempo inteiro. Melhor para o Botafogo, que controlou o jogo e venceu com um gol relâmpago e um golpe de misericórdia no fim. Mais que merecido.



E no aniversário de 60 anos de Zico, neste dia 3 de março, o Botafogo também guardará essa data para a eternidade, por ter sido sua primeira vitória em casa contra o Flamengo.  Festa pro Zico! Festa pro Botafogo. Datas especiais para ambos!

sábado, 2 de março de 2013

O jogo de 17 minutos


O Vasco está na final da Taça Guanabara. Venceu neste sábado, o atual campeão carioca, Fluminense, por 3 a 2. Tecnicamente o jogo não foi tão bom, apesar do número de gols, todos saíram pela liberdade dada pela defesa adversária.  Mas pelo menos o clássico foi emocionante.

O primeiro tempo foi monótono. Com o Vasco usando a vantagem do empate para viver lá atrás (e nem sequer contra atacava) e o Fluminense que precisava da vitória para avançar, apenas dominava o Vasco territorialmente, com uma oportunidade aqui outra acolá. Neste momento, eu estava torcendo e muito! Mas não para o Vasco, e menos ainda para o Fluminense. Estava torcendo, para o fim do primeiro tempo, onde a monotonia reinou em abundância.

E até que enfim o segundo tempo veio! Com atraso de dois minutos, mas veio!  E valeu a pena esperar por ele. Quem precisava correr atrás do resultado, o Fluminense, não voltou muito diferente. Já o Vasco.... Mesmo com a vantagem do empate, parou de abusar dela! “Ufa!” devem assim ter agradecido, muitos torcedores vascaínos. Afinal uma coisa é usar a vantagem do empate pra explorar os contra ataques,  outra é você deitar na vantagem e se acomodar no jogo.

A equipe cruz maltina voltou mais acesa, nada tão eletrizante, mas pelo menos mostrou que sabia atacar como um time de futebol que quer chegar numa final tem que saber. O Fluminense de Abel também não animava muito sua torcida. A metade do segundo tempo chegou e Abel ainda assim não ousou. Parece que estava esperando o acaso decidir o clássico.  Vacilou, pois precisando da vitória para chegar à final, a metade do segundo, era a hora exata. Até porque esse time do Fluminense, tendo que buscar o resultado é outro! Se acostumou a fazer um gol e se fechar e explorar os espaços. Tudo indicava um placar pequeno. Tudo levava a crer que se houvesse um vencedor no jogo, seria por um detalhe ou outro.  Até que Fluminense e Vasco fizeram 17 minutos dos 90 e tantos jogados, os melhores disparados do clássico.
O Vasco saiu na frente, com a fundamental ajuda de Gum, zagueiro adversário. Primeiro, cortou uma bola lançada erradamente, a entregando praticamente nos pés de Éder Luís, ficando dois a dois no campo de defesa tricolor. Quando a bola chegou em Éder, o Anderson tinha partido pra marcá-lo, enquanto Gum permaneceu com Bernardo do outro lado. E aí veio o segundo erro dele, ao invés de marcar firme o jogador vascaíno, ficou olhando o Éder com a bola, sei lá o que ele pensou, de repente com a força do pensamento tentou tirar a bola dos pés de Éder. Brincadeiras à parte, Éder cruzou, e Gum, MARCANDO A BOLA, não cortou, Bernardo nas costas dele, matou! “Lição 1 – pra quem quer ser um zagueiro que se prese, NUNCA MARQUE A BOLA, marque o jogador”.

8 minutos depois, o Flu empatou. Thiago Neves, livre, aproveitou a bola que Rayner não conseguiu dominar. O que me admira, é que deixaram Thiago Neves, um exímio cabeceador, livre, numa cobrança de escanteio. Ele não fez o gol de cabeça, mas mesmo assim, veio de trás e com toda liberdade do mundo marcou o empate. A bola era defensável, mas Alessandro não tem bom reflexo. Ele ainda tocou nela, mas porque ela veio em cima dele. 2 minutos e o Flu virou. Welinton Nem livre, teve tempo de ajeitar e bater rápido.

Parecia que o Vasco não teria força para correr atrás do resultado, restando 15 minutos para o fim.  Mas o Vasco, honrando o lema de ser o time da virada, virou! O técnico Gaúcho teve estrela. Colocou Darkson e Romário. O primeiro foi o autor do cruzamento que passou por toda a área e marcadores do Fluminense (mais um erro defensivo) até chegar à segunda trave para Romário cabecear. Depois, aos 41, o mito Dedé, que fez sua melhor partida no ano, sumindo com o Fred no jogo (aliás Fred jogou hoje?), fez o gol da virada e fechou o caixão tricolor (com mais uma falha de Gum, que simplesmente o deixou livre). Depois disso? Ninguém criou mais nada e alguns minutos após, o jogo terminou.

Venceu quem errou menos. Gum foi fundamental para as falhas do Fluminense e os gols do Vasco. Mas Bernardo, Romário, Dedé e companhia não tinham nada a ver com isso.

Este foi o clássico dos 17 minutos. O resto foi treino, foi estudo, foi toque daqui, toque dali....Poxa vida, pena que não sou vidente, pois se fosse, tinha ido fazer minhas coisas e ligava a Televisão apenas quando o jogo estivesse aos 24 do segundo tempo e desligava depois da virada do Vasco, mas fazer o quê? Não sou vidente. Tive que suportar mais de uma hora para ver um clássico monótono ficar eletrizante.