O Botafogo é campeão da Taça Guanabara 2013 merecidamente.
Venceu hoje com um placar apertado o Vasco por 1 a 0, gol de Lucas.
No jogo de hoje o Vasco largava na frente. Por ter feito
melhor campanha na fase classificatória, o Vasco jogava pelo empate. Já o
Botafogo mais uma vez ia ter que vencer para conseguir seu objetivo, já que contra
o Flamengo, o Bota também não tinha a vantagem do empate.
O Vasco no jogo se limitou à duas oportunidades de Carlos
Alberto. A primeira, foi uma grande chance logo no início do jogo em que Carlos
Alberto numa bola cruzada ficou na cara do gol, com Jefferson praticamente batido,
mandou pra fora. A segunda, foi no meio
do segundo tempo, em que mesmo marcado, Carlos Alberto conseguiu, próximo da
pequena área dá um lindo voleio para uma mais linda ainda defesa de Jefferson.
Foi isso e só! De resto, o Botafogo tentava se infiltrar na parede defensiva vascaína.
O time de Oswaldo de Oliveira dominou o cruz maltino
territorialmente o tempo todo. Cercou o Vasco o primeiro tempo inteiro, mas o
Vasco estava marcando bem e o Botafogo não fez grandes coisas. Era um domínio
sem objetivo. De considerável mesmo para se tirar do primeiro tempo, foi a
incrível falta de ofensividade do Vasco que nem contra atacava. Lamentável.
Na segunda etapa, Oswaldo tirou o volante Marcelo Mattos e
colocou o atacante Vitinho, que contra o Flamengo tinha se saído muito bem.
Time pra frente, e o início da etapa contou com uma BLITZ do Botafogo, o Glorioso
voltou com tudo, mas tentava e tentava e nada conseguia.
Depois dos 20 minutos iniciais, veio a parada técnica, e o
Bota esfriou. O Vasco voltou mais disposto, nada suficiente para merecer a
vitória. Carlos Alberto estava como atacante isoladíssimo, não cabe a ele ficar
ali, Gaúcho tem que usar o CA10 mais recuado como o meia de qualidade que ele é.
Falta um centro avante para o Vasco, não pode improvisar o Carlos Alberto ali. Então
que o Vasco busque um centro avante(Bernardo e Eder não são), porque como já
disse, precisa e muito. Assim como o Botafogo, que por mais que tenha jogado
com Rafael Marques, ninguém percebeu ou viu ele no jogo, como o de costume,
diga-se de passagem.
O tempo foi passando, e Vitinho não satisfez a expectativa com
o mesmo futebol que jogou contra o Flamengo. A diferença que dessa vez, ele
estava enfrentando uma defesa bem fechada, marcação em cima, coisa que contra o
Flamengo não encontrou, pois o time rubro-negro na ocasião estava todo na
frente, precisando do resultado. Em suma, contra o Fla, Vitinho teve espaço e
jogou bola. Contra o Vasco não teve espaço e não jogou bola. Jogadores medianos
quando tem espaço conseguem aprontar um jogo aqui, outro ali. A expectativa é
ver mais um pouco desse menino Vitinho que tem bom drible, bom gingado, mas é
jogador pra jogar em velocidade, explorar contra ataques, isso é o que ficou
claro no jogo de hoje.
Aos 35 do segundo tempo, um lindo passe de categoria de
calcanhar de Seedorf para Júlio César cruzar para a grande área, a bola sobrou
no segundo pau para Bolívar, livre! Ele matou no peito, tinha tudo para chutar,
mas preferiu aproveitar sua visão de jogo e rolou açucaradamente para o lateral
Lucas, aparecer sozinho e de primeira, com categoria, fazer o gol do jogo.
O Botafogo conseguiu furar o bom bloqueio vascaíno. O Vasco
pagou, não simplesmente pelo fato de ter a vantagem do empate e sim por deitado
e inclusive dormido nela!!! Não agrediu o Botafogo. É claro que tinha a
vantagem, não tinha que sair atacando de qualquer jeito e se abrindo para o
Botafogo, mas não podia viver lá atrás, acomodado com o 0 a 0, sem explorar os contra
ataques. Mas acho que além de postura, a limitação de seu elenco não o possibilitou
de oferecer grandes riscos ao Botafogo.
Gaúcho, com o gol sofrido, decidiu repetir as alterações que
foram a solução para a virada do Vasco na semifinal contra o Fluminense. Colocou Darkson e Romário. Só que o que Gaúcho
precisava perceber é que clássico não é bolo! Isso mesmo que você leu. Clássico
não é bolo! Para se fazer um bolo você tem aquela receita para sempre dá certo.
Mas em clássico não é assim. Gaúcho repetiu a dose que tinha dado certo contra
o Flu, mas que contra o Botafogo não deu nem pro cheiro. Se para virar um
clássico existisse uma receita certa, todo mundo a faria sempre e seria tudo
muito simples. Mas não é. Clássico é clássico e o que dá certo hoje, amanhã
pode não alterar absolutamente nada! Espero que Gaúcho tenha aprendido.
Renato Silva fez o gol do empate. Mas o gol foi anulado,
corretamente, e deixou nos suspiros os corações vascaínos. No último lance do
jogo, uma falta à longa distância batida por Felipe Bastos, que deu rebote, que
era dos vascaínos, e Jefferson fez uma grande defesa. O Vasco ali tinha dado o
seu último golpe para tentar o título, mas em vão.
Tecnicamente o jogo foi fraco. Mas o Botafogo aproveitou e
venceu! É campeão. Aliás, a vantagem do empate acabou com a ousadia do Vasco! E
deu mais ousadia ao Botafogo, tanto na semi, quanto na final. Então viva à
ousadia! Venceu quem ousou mais, e merecidamente!