quarta-feira, 29 de maio de 2013

Salgueiro! A alegria do povo brasi...ops. do povo paraguaio!

Acabou o jogo. Acabou o sonho. Acabou a Libertadores 2013 para o Fluminense.

Na base do ‘cuidado’ para não tomar gol dentro de casa, o Olímpia começou muito atrás, muito também porque o Fluminense começou ditando o ritmo do jogo. O Flu se entregava a cada bola, o Olímpia não. Sinal disso foi o gol tricolor, em que Rayner disputou uma bola que foi mal adiantada para o goleiro, e com um toque de ‘meio’ calcanhar, encobriu-o, o tirando da jogada, ficando livre e só para o gol. Só não. Porque a bola o fazia companhia, mas não mais, quando ele a empurrou para as redes. A bola acompanhou a rede e Rayner foi acompanhado por seus companheiros e por milhões de tricolores que comemoravam o gol.

O Flu só ‘caía’ fora se tomasse a virada, pois um possível empate com gols dava a vaga pelo gol fora de casa, vide o empate zerado semana passada em São Januário.

O Fluminense conseguiu o ouro! Mas se escondeu na mina onde o encontrou. Se escondeu para garantir, para não perder, mas em vão.

Depois do gol sofrido, o Olímpia foi só pressão para cima do Fluminense, até obter o placar que precisava. Dois gols em 5 minutos. Dois gols de bola parada e do mesmo jogador.

Salgueiro, que tem o mesmo honroso nome de uma das maiores Escolas de Samba do Rio, mudou a história, e assim como a nossa Salgueiro nos carnavais cariocas, fez o povo paraguaio sambar de felicidade no Defensores del Chaco. Ah tá certo, paraguaio não sabe sambar. Mas os pulos e os cantos já serviam como manifestações de alegria.

O Defensores Del Chaco era a apoteose paraguaia! A energia e a festa digna de um espetáculo. O futebol em campo nem tanto, mas a emoção e a carga dramática movimentaram esse Olímpia x Fluminense.

Pois Salgueiro como disse, havia empatado numa cobrança de falta fechada, em que ninguém esperava que fosse cobrada diretamente para o gol, mas foi e surpreendeu até o goleiro de seleção brasileira, Diego Cavalieri. Minutos depois, o mesmo Salgueiro virou para os paraguaios. Desta de vez pênalti. Cavalieri foi bem na bola, mas Salgueiro foi melhor ainda na cobrança.

No segundo tempo, o Olímpia com o ouro nas mãos fez o mesmo que o Fluminense, se escondeu dentro da mina! O tricolor voltou com intrepidez e domínio contra o time de Assunção que estava mais recuado e inofensivo do que nunca. Inofensivo porque nada fez no segundo tempo. Cavalieri poderia dormir, assim como poderia ter dormido também em São Januário no jogo de ida.

O tempo foi passando e o Fluminense foi pressionando e assustando. Não porque as oportunidades eram excepcionais, mas assustando porque o time paraguaio, apesar de em casa, se assustava atoa.

O Flu jogava com garra, fazendo jus ao título de “time de guerreiros” que carrega desde 2009, na época de Cuca.  Garra não faltava. Criatividade sim.

Wagner não consegue ser esse armador que Abel precisa.

Abel então decidiu mexer. E ousou! O Fluminense chegou a ficar com três atacantes (Rayner, Nem e Fred) e dois meias atacantes em campo (Wágner e Thiago Neves).

Pouco tempo depois, mais ousadia por parte de Abelão. Ele colocou Sóbis no lugar de Nem e Samuel no lugar de Jean. O Flu então ficou com seis na frente. Taticamente falando, porque no papel eram 11 no campo de defesa do Olímpia. Naquela altura era Digão cruzando, e Rayner lá atrás cobrindo o lado direito, que ficou órfão com as saídas de Bruno e Jean. Não tinha organização tática. Era na raça, na emoção, no coração!

Thiago Neves cobrou bem uma falta. Fred em uma cabeçada assustou. Mas realidade é que não tivemos uma grande defesa do goleiro Martín Silva. Era uma pressão no abafa, na garra dos guerreiros tricolores, mas não tão técnica quanto poderia ser.

O Olímpia foi covarde o tempo inteiro. O Flu ainda que sem exigir tanto quanto poderia do goleiro não merecia, como bem disse Abel em entrevista ao final do jogo, ser eliminado.

Mas ambas as equipes preferiram se defender quando tiveram a vaga nas mãos. O Olímpia se defendeu melhor, isto é fato. Fato também é que em casa, foi quem atacou melhor. Criou oportunidades mais contundentes que o Flu no Rio semana passada.

O Flu não tomou gol em casa, mas marcou fora e ainda assim foi eliminado. Por quê? Por causa do saldo de gols!

Muitos afirmam que o gol fora de casa é tudo na Libertadores. Mas se deixam enganar, e se confundem muito das vezes. Estão valorizando mais o tempero do que o próprio alimento em sim. Gol fora de casa é ótimo!!! Mas não melhor que o saldo de gols!

Pelo jogo, o Fluminense não merecia ser eliminado, assim como também não merecia ter chegado até aqui pelo que jogou antes.

Jogou tudo o que não jogou anteriormente na competição nesse jogo, mas a sorte (ou a praticidade) de outrora não o acompanhou.

Não adianta pressionar. Tem que traduzir a pressão em gols, ou ainda que seja, em 'trabalho' para o goleiro, pois além de não ter feito gol, o Fluminense não exigiu muito do goleiro Martín. Deve se lamentar sim, porque poderia ter sido melhor com a classificação ou até mesmo sem ela.

O Fluminense tem mais time que o Olímpia. Mas foram os paraguaios que aproveitaram o “fator casa” melhor. Pois quando precisaram, sufocaram o Fluminense com o apoio de sua torcida e fizeram dois gols. O Flu em casa, não conseguiu o mesmo, aliás nenhum para contar história. Acabou que caiu.......

.......Mas caiu de pé!  Isso que é importante! Mais firme do que alguns outros brasileiros que já caíram.


O nome do jogo não foi Fred. Foi Salgueiro! Que dignificando o nome, proporcionou para os paraguaios, tanta alegria quanto a Salgueiro traz para o povo brasileiro.

domingo, 26 de maio de 2013

A despedida não deixa saudades, mas a estadia sim!

Hoje Neymar se despediu do Santos, em um estádio digno para tal acontecimento, Estádio Nacional Mané Garrincha, estádio de Copa!

Coincidência ou não do destino, há 30 anos atrás o craque Zico, também em um Flamengo x Santos se despedia do Rubro-Negro para jogar na Itália. Aquela despedida de Zico ficou marcada por ser o jogo de maior público da história do Campeonato Brasileiro, mais de 150 mil torcedores estiveram no Maracanã. 30 anos depois, foi a vez da despedida de Neymar quebrar um novo recorde, o recorde de renda, aproximadamente 7 milhões de reais foram arrecadados com o jogo, a maior renda da história do futebol brasileiro.

Tá certo que as despedidas desses dois craques não foram os reais motivos por tais recordes, afinal em 83, Flamengo e Santos jogavam a final do Brasileiro, e por esta razão o Maracanã estava abarrotado de flamenguistas. Para o jogo de hoje, os ingressos já estavam praticamente esgotados antes da confirmação de que Neymar faria seu último jogo com a camisa do Santos. Com ou sem despedidas, os dois jogos quebrariam os recordes, mas quis o destino premiar esses dois craques do nosso futebol com uma despedida à altura, estádios lotados, marcas históricas para o futebol brasileiro e tudo isto em um mesmo clássico: Flamengo x Santos.

A despedida de Neymar foi discreta, pelo menos em campo, porque na Televisão e na internet não se falava e não se fala de outra coisa.

Neymar foi ‘comum’ neste e nos últimos jogos com a camisa do Santos.  Por esta razão, muitos questionam a capacidade do craque. Mas pensando comigo, e tentando encontrar alguma razão para explicar esse 2013 apagado de Neymar, percebi que o craque já estava desgastado na Vila Belmiro. Não precisava prestar atenção para o que Neymar estava fazendo em campo, bastava simplesmente focar no olhar do jovem santista, na expressão dele, antes dos inícios de cada jogo para perceber que o craque já estava desligado do Santos, mentalmente! Ele não estava no mesmo universo, não estava com o mesmo brilho no olhar de antes, pena que ele deixou isto o contagiar à ponto de não jogar o seu bom futebol, tanto nas fases finais do Campeonato Paulista, quanto no jogo derradeiro contra o Flamengo.

Verdade é que a despedida de Neymar não deixa saudades. O futebol demonstrado pelo craque neste jogo, um futebol omisso, que toca de lado, não deixa o torcedor brasileiro com saudade. Eu digo o futebol de hoje e não o futebol que ele pode produzir.

A despedida não foi legal, mas o que é uma despedida perante os três anos de estadia de Neymar em nosso futebol? O que são um, dois, três jogos desgastados, perante à uma Libertadores, Copa do Brasil e um Tri campeonato paulista? Campeonatos em que o jovem santista foi fundamental para tais conquistas gloriosas do peixe?

Neymar nos brindou com lances geniais. Como se esquecer dos gols de arrancada contra o Internacional na Libertadores, e Flamengo no Brasileirão em 2011? Gols dignos de placa e tantos outros também, que fizeram a alegria do torcedor santista.

Quantas filas! Isto mesmo, quantas filas de jogares Neymar deixou pelo caminho até livre, leve e solto fazer gols merecedores de aplausos. Que nos digam Cruzeiro, Inter, Flamengo.....!  

Quantas bocas abertas! Neymar deixou com suas jogadas em solo brasileiro.

Quanta confusão! Perdura na cabeça dos jogadores que até agora tentam entender como o craque passou por eles com tanta facilidade e toque de maestria.

 Quanto ódio! Zagueiros e volantes de raça tiveram ao ver a simplicidade e a leveza derrubar a gana e a força, em apenas um instante!

Quantas colunas tortas! Que assim ficaram, ainda que por um instante curto, mediante à agilidade e aos dribles desconcertantes de Neymar.

Quanto tumulto! O craque badalado causou nos aeroportos, em que fãs ansiosos lotavam para tocá-lo, pedir um autógrafo ou simplesmente vê-lo de perto, vê-lo e testificar de sua existência.

Tantas alegrias! Neymar deu aos santistas, uma delas levando o peixe depois de quase 50 anos voltar ao topo da América! 

Tanto assédio! Neymar teve em cima dele, muito antes de hoje confirmar sua saída do Santos, com propostas até melhores do que esta do Barcelona.

Barcelona que será o destino deste ídolo santista, santista no peito, agora catalão na veia!

Muitos dizem, contradizem, opinam e até afirmam que Neymar não terá espaço no Barcelona. Outros tantos dizem que este ano foi um ano em que Neymar já começou pensando em ir embora e por isto não jogou o que pode. Mas entre apoio e críticas, confiança e descrença, a pergunta permanece, o craque santista vai deslanchar no ‘Barça’? Esta pergunta, ninguém pode responder! Pode ser comentarista, jogador, técnico, ‘entendedor’ de futebol, familiar, ninguém a pode decifrar! Pois esta dúvida não se responde com palavras, não se sana com argumentos, por melhor que seja o vocabulário de um amante do futebol, e sim se sana com os pés, os pés de Neymar, pés, que tem vocabulário suficiente para calar qualquer tipo de crítica.

Afinal, um lance, uma manifestação dos pés de Neymar e uma imensidão de palavras serão ridicularizadas, por tentarem o questionar simplesmente pelo momento ruim do craque. Para muitos Neymar é ‘pipoqueiro’, mas somente até o próximo drible, onde se renderão novamente. Para outros, o jovem pode fazer chover canivete, que depois de um mês voltará a ser desvalorizado pelos mesmos. Mas não importa, nada nessa vida é unânime. E Neymar também não precisa ser unanimidade, basta apenas ele ser Neymar!  Ser o Neymar que ele foi no Santos, ser o que ele pode ser, ser o que ele é!

Os momentos finais não deixam saudades, mas que importa? O sabor não está no final da fruta e sim no caminho em que a nossa boca, prazerosamente saboreia até ele!  O que te faz comer uma melancia novamente não é o final sem gosto dela e sim todo o ‘recheio’ delicioso que ela tem e mesmo pelo final “sem gosto” não esquecemos que a melancia é uma boa fruta. Logo, não julguemos a qualidade de Neymar pelo seu final no Santos, mas lembremo-nos do seu percurso até aqui!

Não se prenda a despedida sem graça, sem lance, sem ousadia. Mas se prenda à estadia.......

......Que Neymar teve em nosso território! A estadia sim deixa saudade e justifica a sua genialidade! 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

As armas dos Guerreiros enferrujaram!


Simples e prático: O Fluminense jogou pra vencer, mas não foi capaz. Ou melhor, não fez o suficiente para tal. Em um zero a zero dentro do ‘caldeirão’ de São Januário, o tricolor não conseguiu estufar a rede paraguaia, devido à forte retranca do time do Olímpia.

Primeira consideração: Não esperava tal postura do time paraguaio, que praticamente não chutou ao jogo, tendo em vista que é o segundo melhor ataque da competição e o que mais chutou à gol até aqui na Libertadores. Talvez tamanha cautela se deva ao respeito por parte deles por terem do outro lado o “El campeón Brasileño”. Afinal, o respeito ao título, por parte dos paraguaios ainda é um ‘bom’ resquício da conquista passada do Flu, já que o futebol de antes nem em sombra vemos mais.

Não que antes fosse um extraordinário futebol, porque não era, mas era disciplinar e consistente, o suficiente para ir vencendo cada jogo no sufoco e segurando lá atrás até inacreditavelmente, de forma avassaladora, conquistar o título nacional. (Inacreditavelmente não pelo título, merecido! Mas sim pela tamanha disparidade de pontos em relação aos adversários, ainda que jogando um futebol mecânico).

Mas enfim, 2012 já passou, e o que se vê desse Fluminense versão 2013, é um time sem brio, identidade e o principal, criatividade! A ausência de Deco é mais do que sentida, tudo bem que no ano passado desfalcou o Flu em muitos jogos, mas de vez em quando ele vinha para ‘salvar’ o tricolor em jogos amarrados. E é isso que falta para a equipe das Laranjeiras, o time não tem o homem para criar as jogadas. Wágner toca de lado e de vez em quando arriscar bons chutes de fora da área, entre um cruzamento ou outro. Thiago Neves que poderia suprir um pouco dessa carência de criatividade, não joga, vive no departamento médico.

Aliás, para tantos que afirmavam que o tricolor tinha o melhor elenco do país, eu pergunto, cadê o melhor elenco do Brasil? Foi só perder o principal armador e o principal artilheiro, Fred, este por alguns jogos, que você não reconhece o Fluminense, a não ser em jogos contra Volta Redonda e pequenos cariocas, em que goleadas em cima dos mesmos, eram tidas como Maravilhosas e enganavam à todos, colocando um time simples como uma fantástica equipe.

Rayner corre muito, dribla, marca, mas é limitado. Welington Nem está mal, não arrisca, não é o mesmo do ano passado, mas me parece que é assim porque precisa de espaço para jogar, afinal quando pega equipes fechadas, o jogador some em campo!

E o que dizer do Fred? Melhor centro avante hoje do nosso país. Mas que não faz mais no tricolor por falta de um garçom. A maioria dos gols dele tem sido de cabeça, graças ao oportunismo dele é claro, mas em cobranças de bola parada, entre uma falta e um escanteio. E venhamos e convenhamos, é muito pouco para um centro avante que ano passado foi artilheiro do campeonato nacional. Fred pode fazer mais! Afinal, quem não se lembra do golaço dele de voleio no Fla-flu do ano passado? Gols desse porte, com a costumeira finalização mortal com os pés ou um gol ‘cara a cara com o goleiro’, não acontecem mais! Mas não é culpa dele! Antes, ele tinha Deco para sempre lançá-lo, deixá-lo na cara do gol, agora ele tem no máximo, um Rayner, um Wágner, ou os laterais, mas apenas para cruzar uma bola para uma cabeçada ou quem sabe mediante a uma bobeada do zagueiro, um domínio de bola e aí sim uma finalização com os pés.

Semana que vem, o Defensores Del Chaco estará abarrotado, completamente lotado com 50 mil torcedores do Olímpia. E que muitos não se enganem, com o futebol apresentado pelo time paraguaio no Rio, pois a postura deles será completamente diferente dentro de seus domínios. Será pressão total.

A saída para o Flu será um empate com gols, para se classificar através do gol marcado fora de casa. Mas fica difícil de imaginar o time de Abel fazendo muitos gols, porque dos 8 times que ainda restam nesta Libertadores, o Fluminense tem o pior ataque de todos! Pior até que o do Real Garcilaso do Peru, o mais fraco desta fase. Para quem marcou 8 gols em 9 jogos, fica difícil imaginar uma classificação pelos gols fora, em pleno Defensores del Chacho, o palco mais tradicional de Libertadores que o Flu jogará dos que ele jogou até aqui.

Mas ainda resta o 1 a 0, que muitas vezes salvou o time de Abel ano passado. OU até o 1 a 1, que também garante o tricolor na próxima fase. Mas um grande futebol? ............

....Não adianta querer tampar o sol com a peneira! Até agora o Fluminense não jogou um jogo com futebol de semi-finalista das Américas, aliás não jogou futebol nem digno de estar nas oitavas, só passou, porque pegou um grupo fraquíssimo em que o mais forte tecnicamente do grupo, o Grêmio, não foi estável.

Depois de tudo que já vimos do Fluminense nesta Libertadores, eu pergunto: O Flu tem time para passar pelo Olímpia em Assunção? Tem! Só não está jogando futebol para tal feito. Para mim dá Olímpia. A tragédia já é anunciada. Mas Para evitá-la o time de ‘guerreiros’ terá que voltar a guerrear dignamente, e para isto, precisará recuperar suas armas de batalha que não perdeu, mas que se enferrujaram no decorrer deste ano. Afinal guerrear sem armas, é inútil. Que o Fluminense às desenferruje a tempo.

domingo, 19 de maio de 2013

Para Tite faltava o título da 'casa', agora não falta mais! Campeão Paulista!


O Corinthians conquistou o 27° campeonato paulista de sua história, com um merecimento indiscutível.  Os comandados de Tite “trituraram” o Santos em ambos os jogos. No primeiro, ofensivamente e no segundo, com muita marcação e aplicação, aplicação tamanha que nem se viu poeira do time santista em campo e nem de sua principal estrela: Neymar.

Nestes dois jogos ficou maisdo que claro que o time corintiano é superior em quilômetros ao time da baixada. Não só o time aliás, mas como também o elenco. Tite tem quem colocar no lugar de Emerson, Romarinho, Alessandro, Guerrero e Danilo, sem perder qualidade, que nos digam Pato, Edenilson, Douglas e R. Augusto (hoje, contundido).

No jogo da Vila, Cícero, aos 26 minutos, fez um golaço. O Santos com um chute tinha conseguido tudo aquilo que o Corinthians havia conquistado em 90 minutos no jogo passado: a vantagem de um gol. E com o gol, o peixe naquele momento, igualou as coisas, pois no Pacaembu o placar foi 2 a 1.  Só que a diferença é que o Corinthians não se comportou fora de casa como o peixe havia se comportado.

Dois minutos depois, o alvinegro paulista, empatou.  Paulinho na cara do gol desperdiçou graças à defesa de Rafael, mas para alívio dos corintianos, e pelo rebote do mesmo, Danilo estava livre e o gol também, logo só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede, era a reação corintiana! O Santos que naquela altura, era quem precisava reagir, nada conseguia. E Neymar estava lá na ponta esquerda e nada fazia.

No segundo tempo, o Santos atacava, mas não concluía o ataque. Era bola alçada e Paulo André cortando, bola alçada e Gil afastando.  Pareciam mais vários replays de tentativa de ataque dos comandados de Murici. O Corinthians estava se defendendo muito bem. Mas nós sabemos que quando se enfrenta um time muito bem defensivamente, a solução é o drible, e para driblar, se precisa de um jogador habilidoso, aí está a questão: Neymar, o mais habilidoso não usou de seu potencial. Neymar não é limitado, mas verdade é que são mais os jogos em que ele não joga bem do que os jogos em que ele “brilha” ou usa um “pouco” de sua técnica.

O Santos hoje é Neymar mais 10. E sem ele, o time fica zerado, um time limitado, que não faz frente à nenhum grande rival. Neymar quando raramente tocava na bola, a perdia com a mesma frequência que respira.  Além de tudo, ele é o combustível desse time. Ele indo bem, levanta o jogo, entusiasma o time, a equipe cresce, o Santos cresce!

O Corinthians não estava nem aí para isso e desperdiçava as chances de matar o jogo.  Entre idas e vindas desesperadas do Santos ao campo de ataque, o Corinthians aproveitava o espaço na defesa santista e entre uma tentativa e outra, Romarinho sozinho na cara do gol, mandou na trave. No fim da partida, mais uma grande chance desperdiçada. Tite àquela altura já havia colocado Douglas e Pato em campo e os dois justificaram sua entrada, Douglas descolou um passe lindo por dentro da defesa santista para Pato, que cara a cara com Rafael, mandou para fora.  O gol não fez falta para o título, mas talvez tenha feito falta para Pato, que caso marcasse, faria o gol do título, e um ‘gol de título’ à essa altura, fortaleceria e muito Pato na disputa para ser titular.

O Corinthians assimilou rápido o golpe de quarta-feira, jogou demais, marcando muito e o mais importante: jogou e não deixou o adversário jogar, ainda que o adversário em questão, não tenha feito grande frente à ele. Jogou muito nos dois jogos da final, desempenho que, se tivesse sido repetido na La bombonera (jogo de ida), sem dúvida nenhuma, evitaria a eliminação de quarta pela Libertadores, com ou sem Amarilla (apitante do jogo de volta). Mas são águas passadas.

Parabenizo Paulinho que é o craque desse time do Corinthians. Parabenizo à todos os outros jogadores e comissão técnica que compõem o time do Parque São Jorge. Mas em especial, parabenizo Tite!  Ele conquistou os títulos mais importantes no comando do Corinthians, faltava apenas o ‘mais comum’(que não tira sua importância) dos títulos corintianos, o título mais conquistado da casa, o campeonato paulista, agora não falta mais. E ele veio num momento especial para tirar o sabor de amargo da boca deixado pela eliminação na Libertadores.

Corinthians campeão paulista de 2013. Título que acabou com sonho do Tetra campeonato inédito do Santos, mas que enriquece a trajetória de Tite no Corinthians e enriquece, acima de tudo, a tradição corintiana em São Paulo, o maior campeão paulista!


quarta-feira, 15 de maio de 2013

A reação ao golpe foi pior que o golpe em si!


Uns vão justificar com o fato de que Cássio estava adiantado. Outros vão dizer que Pato furou a bola que reacenderia o jogo. Outros tantos que Riquelme foi o principal responsável. Mas a maioria em absoluto colocará a culpa da eliminação corintiana em cima de Carlos Amarilla.

A maioria, incluindo este que vos fala, mas não se pode colocar na conta do árbitro também, a principal dificuldade do Corinthians: reverter resultados!

Já tinha dito em outro post que o Corinthians enfrentaria uma situação que não tinha enfrentado em nenhuma oportunidade na Libertadores passada: Entrar com obrigação de vitória. Em nenhum mata mata em 2012, o Corinthians havia perdido o primeiro jogo, dessa vez perdeu e entrava em campo tendo que sair pro jogo.

E conseguiu cumprir com o pré-estabelecido, fez seu gol. Só o que não estava pré-estabelecido era o glamour de incompetência prestado pelo Amarilla e seu assistente. O Corinthians obteve com Romarinho em posição legal o tão sonhado gol, mas o assistente o anulou de forma vexatória, com consentimento de Amarilla. Isto sem falarmos do pênalti não marcado pelo próprio Amarilla, pois Somoza cortou uma bola dentro da grande área com a mão, foi o toque de mão dentro da área mais intencional visto por mim desta e das últimas Libertadores da História. Não, Somoza não é jogador de vôlei. O Pacaembu não é uma quadra, é um estádio. E o árbitro sim, agiu com incompetência. O bandeirinha, o mesmo que anularia o gol de Romarinho momentos depois, nem para auxiliar. Parecia que ambos estavam com vendas nos olhos ou se vendo no telão do estádio do Pacaembu, ah lembrei, o Pacaembu não tem telão e muito menos os árbitros estavam com vendas, duas hipóteses descartadas. Então só resta-me dizer: Incompetência inadmissível!

Depois do show de erros da dupla de arbitragem, quem decidiu dar seu show foi Riquelme. Não no jogo inteiro, porque nada fez mais do que o gol, mas quem disse que craque precisa brilhar o tempo todo? Basta uma lucidez de genialidade, uma bola bem encaixada, um momento desapercebido de todos e pronto, a estrela brilha. Que o diga o goleiro Cássio, desapercebido estava em um chute que parecia cruzamento, ou vice versa, adiantado tomou o gol.

Pronto. Gol sofrido e necessidade de fazer três. O pior dos pesadelos. Não foi só o gol que afetou o time, mas os erros anteriores da arbitragem que amenizariam a situação e o gigantesco desafio de fazer três gols em 45 minutos, sendo que não havia feito nenhum em 135, bom nenhum legalizado.

Segundo tempo. Corinthians pressionava. O Boca não conseguia sair do seu campo. E Paulinho no começo, aos 5, fez renascer a esperança corintiana. Cruzamento perfeito de Emerson para a cabeçada mais que perfeita ainda de Paulinho, mais que perfeita porque Paulinho foi até a trajetória da bola, a posição futuro dela e também porque cabeceou no contra pé do goleiro. 1 a 1.

Dava impressão de que seria fácil. E era. Dava impressão de que o Corinthians aproveitaria o momento e conseguiria a reação esplendorosa, mas não foi o que aconteceu.

A torcida incendiou, o Timão pressionava, a energia do Pacaembu pulsava e contagiava à todos.
Mas aos poucos a chama foi se apagando.  O Corinthians estava nervoso. Não conseguia criar situações de gol. E esbarrava em sua principal dificuldade, dita por este colunista lá no início: Reverter resultados.
O que antes de a bola rolar era o desafio de um gol em 90 minutos para no mínimo a disputa ir para os pênaltis, agora era de se fazer 2 gols, em menos de meia hora.

O time de Tite estava previsível. Perigo mesmo só em bola aérea com Paulinho. Até que ele fez de novo, mas arbitragem novamente anulou. Não houve impedimento, mas houve falta dele no goleiro. Muitos da mídia discordam, talvez impulsionados pelos erros anteriores e querendo uma remissão do árbitro. Mas ao meu ver, houve falta sim.

Aos 30, Pato teve a bola para reincendiar o jogo, que naquela altura estava morno, tanto no campo, quanto nas arquibancadas. Mas ele furou! E quando foi descer com a perna que furou, a esquerda, involuntariamente a canela botou de lado a bola pela linha de fundo.

Tite ainda tentou uma última cartada, Douglas no lugar de Danilo, mas foi uma atitude mais de desespero pela necessidade de vitória.  Jogo truncado, difícil, chute de fora da área poderia ser a saída, Renato Augusto que faz isto muito bem não estava relacionado porque ainda se recupera de uma lesão. O jeito foi colocar o Douglas, é, foi o “jeito”.

O Corinthians tinha o controle da bola, mas não sabia o caminho para levá-la ao fundo das redes, ou melhor, sabia, mas havia um Boca embravecido dentro de campo, o Corinthians logo, aos poucos foi morrendo dentro dele.

Reprovado! No primeiro teste tendo que sair em busca do resultado, o time de Tite, não conseguiu o esperado. O árbitro influenciou. Mas se o Corinthians não estivesse tão nervoso e não sentisse a pressão da obrigação da vitória, talvez conseguiria fazer outros tantos, ainda que Amarilla anulasse tantos outros, porque o atual campeão da Libertadores tem potencial para mais, só não o fez, porque se abateu com Riquelme e a arbitragem.

O Campeoníssimo Corinthians enfrentou neste jogo tudo o que não enfrentou na Libertadores passada: Resultado adverso, pressão por obrigação de vitória e o principal: erros de arbitragem!

O Corinthians foi um antes dos erros e do gol sofrido e foi outro depois que o tomou.

Todos já passaram por isso. Alguns conseguiram ser campeões, outros não. Mas o que eliminou o Corinthians não foram só os erros de arbitragem (além do gol sofrido, claro); e sim também, como ele se comportou depois deles. Sentiu o golpe. Este golpe todos levam, a diferença está na reação de cada um. E o Corinthians reagiu mal. 

A reação ao golpe foi pior que o golpe em si!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Uma família sem o chefe de família!


Nesta terça-feira, Luís Felipe Scolari convocou os 23 jogadores que defenderão a nossa seleção na Primeira Copa das Confederações disputada em nosso território. São estes os seguintes jogadores:

Goleiros: Diego Cavalieri (Fluminense), Jefferson (Botafogo) e Júlio César (QPR)
Laterais: Daniel Alves (Barcelona), Filipe Luís (Atlético de Madrid), Marcelo (Real Madrid) e Jean (Fluminense)
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Dante (Bayern de Munique), Réver (Atlético-MG) e Thiago Silva (PSG)
Meias: Fernando (Grêmio), Hernanes (Lazio), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Oscar (Chelsea), Paulinho (Corinthians), Jadson (São Paulo) e Bernard (Atlético-MG)
Atacantes: Fred (Fluminense), Hulk (Zenit), Lucas (PSG), Neymar (Santos) e Leandro Damião (Internacional)
Esta é a família Scolari edição 2013 – Copa das Confederações.

As surpresas, naturalmente foram as ausências de Ramirez, sempre presente na seleção e de Ronaldinho Gaúcho, melhor jogador hoje em atividade no Brasil.  As presenças de Hulk e Jadson foram as que menos agradaram ou mais desagradaram, como preferirem.

A presença de Bernard é muito agradável e mais que justa. A presença de Hulk, talvez tenha sido pela necessidade ter um brocador forte que jogue com o pé canhoto. Pato merecia estar na lista, fosse no lugar de Damião, fosse no lugar de Hulk, mas o que dizer, se no Corinthians ele ainda é reserva? Talvez se Tite o tivesse colocando como titular, ele seria lembrado com um pouco mais de carinho. Inevitável a cobrança pender um pouco mais para Tite.

Se formos pensar que Hernanes da Lázio foi quem ocupou a vaga de Ramirez, eu não tenho nada a criticar Felipão, pois Hernanes é um jogador mais completo que o volante do Chelsea, que por outro lado é mais veloz, mas ainda assim esta velocidade não terá sua falta sentida, pois Paulinho do Corinthians, é tanto veloz quanto e está entre os convocados.

A grande questão para mim e creio que para a grande maioria dos brasileiros foi a ausência mais do que sentida, e até incompreendida de Ronaldinho Gaúcho. Pela convocação, está mais que claro que quem ocupou a vaga do R49 foi o meia do São Paulo, Jadson.

Eu quero é saber qual o critério da ausência de Ronaldinho Gaúcho? Felipão e companhia podem me dizer que é por causa das oportunidades que ele teve até aqui, desde a era Dunga, passando por Mano e chegando em Felipão, não conseguindo se firmar na seleção, inclusive decepcionando nas chances que obteve nos amistosos deste ano. Eu contraponho. Se o argumento for este, então o badaladíssimo Neymar, não deveria estar também. Pois o que o craque já jogou no Santos, não jogou nem 1% na seleção brasileira. Logo, dois pesos e duas medidas. Uma usada para Ronaldinho e outra usada para Neymar.

O que se discute mais ainda é quem ocupa esta vaga de Ronaldinho: Jadson! Não que o meia tricolor não tenha qualidade, mas para ser um jogador que roube a vaga de Ronaldinho de um torneio internacional, Jadson não equivale a essa aposta alta de Felipão. É um bom meia, mas comum, que chuta bem e que em alguns jogos é ilustre e só!

Fato é que por mais que tenha 29 anos, Jadson não tem a quilometragem necessária, aliás quilometragem e experiência é o que falta a esta seleção! Não tem o cara do meio campo! Não tem o chefe do time! Não tem o experiente, que em momentos difíceis em um jogo cascudo, poderá usar sua experiência para acalmar a equipe. Não tem!

Fico imaginando, as seleções adversárias entrando em campo, e olhando para o outro lado e procurando a referência da nossa seleção. “I a lá, o Neymar”, poderá dizer um japonês, mas seu companheiro responderá: “I que nada, é um bom jogador, mas quando veste amarelo, não joga nada do que pode, tá tudo de boa”. “Olha lá, o Oscar, aquele que carregou o Chelsea nas costas na Liga dos Campões”, poderá dizer um mexicano, mas logo ouvirá a resposta de um compatriota: “Sim é excelente jogador, mas não tem a nossa experiência vivida em Copas, por mais que jogue, ele não tem uma referência ao lado dele no meio campo”.

Não discuto a genialidade de Oscar e Neymar, jamais! Discuto sim a falta daquele jogador que imponha respeito na seleção oponente antes mesmo de a bola rolar, o cara que seja o carro chefe da nossa seleção! Esse cara não sou eu. Era para ser o Gaúcho, poderia ser o Kaká, quem sabe o Zé Roberto, mas nem um, nem outro, nem nenhum! Não temos o chefe. Talvez o Hernanes poderá se tornar este improviso de chefe, talvez.

Uns dirão Thiago Silva, Júlio César, Daniel Alves, Fred, sim, eles servem de referência, mas não a ideal, servem de referência por necessidade, por falta de, pois são os poucos guerreiros que já disputaram uma Copa e que estão nesta lista.

O time é bom, mas a falta de calejo poderá ser fundamental para um possível momento de decisão contra uma Espanha, por exemplo, que além de craques, possui jogadores de quilometragem que sempre jogaram juntos e estão juntos até hoje.

Esta é a família de Felipão. Ele é o chefe fora de campo, mas dentro dele não teremos o chefe. E como numa família da vida real, por melhor que seja o caráter e a intenção de seus integrantes, a experiência ajuda e muito a evitar dores de cabeça e a controlar a família em momentos difíceis. Tal na vida de um lar é assim em uma equipe de futebol.  É uma boa família, com ótimos jogadores, sem dúvida, mas sem experiência!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Corinthians jogou muito para pouco e o Santos jogou pouco para muito!

Um massacre. Tão forte que fazia o torcedor do Corinthians esquecer que tinha time adversário em campo, e pensar que os onze do outro lado eram meros reservas que estavam ali para um treino e uma aula de futebol.

Tão forte massacre, que fazia os torcedores alvinegros campões do Mundo, esquecer que aquele jogo era uma final.

Tão forte massacre, que fez muitos esquecerem que quem estava do outro lado era o atual Tri campeão Santos, pois a postura santista representava um time de terceira divisão paulista.

Tão forte massacre, que contagiou até o melhor jogador em atividade no Brasil, Neymar, que sentiu a pressão, e se apagou naturalmente durante o jogo, ou melhor, já entrou apagado e não ascendeu.

Um massacre que durou 45 minutos. Um massacre que resultou em um gol no primeiro tempo, mas que poderia ter resultado em 3, 4, 5......e por aí em diante.

O Corinthians não aproveitou. O Santos, com 3 volantes, se assustou e parecia mais um time imaturo que não sabia como reagir a um adversário com estádio lotado. Experientes como Léo, Edu Dracena, Marcos Assunção não conseguiram fazer valer suas experiências e sentiram junto com o grupo a pressão corintiana.

Do outro lado, um jogador mais jovem, mas já cascudo foi o nome do jogo: Paulinho. Ele Arrebentou! O volante era o ‘Neymar’ corintiano. Aliás nem volante ele parecia ser ontem em campo. Jogou como meia, atacante, enfim se sentiu muito à vontade na defesa santista, afinal só faltava os jogadores do peixe colocarem uma TV 42 polegadas para Paulinho se sentir mais a vontade ainda!

No segundo tempo, o Corinthians ainda era superior, mas não como antes. O Santos melhorou, mas não ao ponto de orgulhar o seu torcedor.  Na batida e no apoio da torcida o Timão ampliou com Paulo André numa bola sobrada e com um chute de primeira.

Com 2 a 0 a favor, o Corinthians relaxou. O Santos com 2 gols contra e o risco de tomar uma goleada, ficou mais ofensivo. No final das contas, Durval de cabeça diminuiu para o peixe e deixou o placar que poderia ser desastroso, em um placar ‘normal’.

Para o jogo de volta, o retorno de Montillo seria muito importante, pois falta ao Santos este articulador no meio. Já pelo lado corintiano, ao meu ver, Tite está segurando demais a entrada de Pato nos jogos, aliás se fosse meu comandado seria o titular. Por mais que Romarinho e Emerson já tenham feito muito pelo Corinthians e estejam bem, o Pato, ao meu ver é mais capaz e tem a ‘fibra’ corintiana, tanto quanto os outros dois.

2 a 1 Corinthians ficou muito barato para o Santos, que nada jogou. Para o Corinthians, me atrevo à dizer que o 2 a 1 não chega a ser um bom resultado, pois jogou pra mais, aliás bem mais. Ainda assim o futebol apresentado alimenta a esperança do torcedor para o embate de quarta contra o Boca.

Pois é, futebol tem dessas coisas, o Corinthians se entregou por inteiro, mas não fez um placar confortável para o jogo de volta, pelo contrário, o placar conquistado pode ser perfeitamente obtido pelo Santos, com um futebol menos avassalador do que o jogado pelo Corinthians, no próximo domingo na Vila.

E é por isto que o Corinthians tem que lamentar, desperdiçou a oportunidade de colocar a mão na Taça, e conquistou um placar normal, nada de extraordinário. Já o Santos deve sorrir e muito, pois jogou pra levar os mesmos 7 que levou em 2005 e saiu com um 2 a 1, que no caldeirão da Vila poderá ser revertido.

O Corinthians que lamente e o Santos que sorria! Pois.....

.....o Corinthians jogou muito para pouco e o Santos jogou pouco para muito!

domingo, 5 de maio de 2013

Conquista que faz jus à sua fama de GLORIOSO!


Título merecidíssimo do Botafogo! De forma incontestável ganhou os dois turnos, sendo campeão assim antecipadamente do Campeonato Carioca. Um adendo especial, aliás, para o título da Taça Rio, em que o Glorioso conquistou vencendo todos os jogos!

Com Bolívar liderando a zaga e fazendo os seus gols lá na frente, Lucas jogando regularmente na lateral direita, Vitinho sendo a revelação do Campeonato (ao menos pra mim), Fellype Gabriel que se desdobrou marcando, atacando, sendo volante, meia, atacante, Oswaldo de Oliveira que teve o grupo nas mãos,  Lodeiro dando lampejos de seu talento, Jefferson sempre firme e é claro o Gênio que comandou o time, Seedorf, o Botafogo mostrou que tem um grupo unido e determinado.

Em uma Taça Rio muito diferente, onde Flamengo e Vasco, os times de maior mídia e torcida do Rio, foram eliminados de forma muito antecipada, Botafogo e Fluminense se sobressaíram e tiveram a companhia de Resende e Volta Redonda, que por coincidência ou não do destino, jogaram em sua região as decisões da Taça Rio, a cidade de Volta Redonda, justamente no ano em que o campeonato carioca não teve nem o Engenhão e o Maracanã pra sediar as finais.

A ausência de Flamengo e Vasco de forma vexatória, diga-se de passagem, talvez tenha causado essa ausência de repercussão das finais. Mas de modo nenhum tira a credibilidade e desvaloriza a conquista botafoguense.

Afinal quem diria, até Rafael Marques desencantou! Parece que o ambiente e a energia do momento do grupo contagiaram o centro avante alvinegro que havia jogado 8 meses e não marcado um gol sequer com a camisa botafoguense. Vi uma entrevista do técnico Oswaldo, em que segundo o treinador, ele calou a boca dos críticos e que quem falou mal dele deveria sentir vergonha. Bom, mediante à tal declaração e aos gols feitos por ele, inclusive um deles o do título, eu digo: MENOS OSWALDO!

Tudo bem que ele fez o gol do título, e que agora os botafoguenses são só festa, cervejinha pra cá e pra lá, comemorações e zombarias exacerbadas (mais que merecidas), mas não se pode pegar um grande momento e por causa dele, apagar a estabilidade!  Não é por esse gol, que Rafael se tornou o melhor atacante do mundo e nem por ele, que Rafael faz por onde merecer ser o 9 do alvinegro glorioso! Mas é claro que tal declaração de Oswaldo e de outros tantos Botafoguenses, são compreensíveis, pois são ditas em momentos de êxtase, de vitória, onde tudo é festa! Mas quem é calejado e experiente sabe, que nesses momentos de emoções aceleradas, nós desproporcionamos as coisas como elas realmente são. Como será quando Rafael voltar ao normal e chutar de canela, mandar uma bola na trave em um gol sem goleiro, nos jogos contra Portuguesa, Náutico, Grêmio, Santos, nos clássicos, enfim, no Campeonato Brasileiro? Ou será que isto não ocorrerá? Será que agora baixou o verdadeiro Rafael? 'Aqueeeeele' do Japão, que conquistou Oswaldo e que por consequência o trouxe ao Glorioso? É bom a diretoria do Botafogo não se iludir e buscar um centroavante, já visando o Brasileirão, pois para entrar pra disputar o título falta apenas ao Botafogo, o Homem-GOL!

Sem exageros, e com palavras contidas, o Botafogo venceu, tem mais pra oferecer, e podemos esperar coisa boa no Campeonato Brasileiro, mas como já disse, só falta o Homem-Gol.

Boa vitória do Botafogo, 1 a 0 no Fluminense! Fluminense, que pelo o que jogou no primeiro tempo, dá mais nitidez ainda que pode passar pelo Emelec, mesmo sem Fred em campo. Mas para isso será necessário jogar contra os equatorianos, o que jogou nos dois últimos jogos do Carioca: Jogar com Vontade, com Alma, pois qualidade e capacidade, o Flu tem mais que o Emelec.

Parabéns ao Glorioso! Campeão merecido e incontestável! Time seguro, bem postado em campo e eficaz! Parabéns aos Botafoguenses! Campeão de luxo, sem precisar de final para tal conquista.  Conquista gloriosa que faz jus ao seu segundo nome: GLORIOSO!  Botafogo, o Glorioso campeão carioca de 2013!



sábado, 4 de maio de 2013

Displicência e mesmice ! Razões do tropeço do Corinthians!


Displicência e mesmice ! Razões do tropeço do Corinthians!

Uma derrota. Uma descida do tamanco. E um despertar que lembra: O título da Libertadores foi ano passado, esta é outra Libertadores! É isto que fica da derrota do Corinthians para o fraquíssimo Boca Júniors.

O Corinthians era o favorito para o jogo e ainda é o favorito para a classificação por N motivos. Tem um time ainda melhor do que o do ano passado e o Boca ainda pior. O Corinthians vem de uma super  vitória em Campinas contra a Ponte, como há muito tempo não víamos um time paulista fazer pra cima da Macaca, já o Boca estava à 10 jogos sem vencer. O Corinthians fez uma belíssima campanha na primeira fase, o Boca fez campanha pífia. Tudo levava a crer, que ao menos, o resultado não seria uma derrota, ainda que o jogo fosse na La Bombonera e ainda mais quando um dia antes da partida, Riquelme, o requinte de qualidade que ainda resta ao Boca, foi cortado do jogo por motivos médicos.

Por todos esses motivos e mais alguns, o Corinthians veio pra esse confronto com muito favoritismo. E parece que esse favoritismo contagiou o grupo, deixando alguns com salto alto.

Uns dizem que o Corinthians estava irreconhecível, portanto eu pergunto: O Corinthians nos jogos fora de casa ano passado na Libertadores jogou muito diferente do que jogou nesta quarta? Não! Então, concluo que o Corinthians não esteve irreconhecível, e sim diferente, mais displicente. Mas nada tanto ao ponto de dizermos o absurdo que a equipe corintiana esteve irreconhecível.

O estilo de jogo do Corinthians é marcar! Por mais que tenha chegado Renato Augusto, Pato e por mais que um dia venha Tevez, e qualquer outro jogador, não será da noite pro dia que Tite mudará esse estilo, isto se ele um dia quiser mudar.

Só que esse estilo é perigoso, pois em um dia mal que sua equipe esteja, como o do jogo de quarta, um erro pode ser fatal e foi! Mas não foi atoa que a equipe corintiana entrou morna. Eu proponho o seguinte pensamento, se o Corinthians não fosse o Campeão da Libertadores e o Boca estivesse muito bem, o time entraria da mesma forma que entrou? Jogaria da mesma forma que jogou? Não! A tão sonhada conquista inédita da Libertadores  foi o combustível ano passado para a equipe em todos os jogos. Jogar na La Bombonera uma final inédita e logo contra o Boca, impulsionou à todos! É claro que são ocasiões distintas e a expectativa e preparação para uma final é especial e diferente. Mas não se pode encarar um jogo na La Bombonera como um jogo normal de Libertadores, porque não é! Toda vez que se joga lá, tem que  se jogar como se fosse uma final. Esta é a grande questão, pelo menos ao meu ver.

O Corinthians já passou por aquele terreno, não foi batido, superou as expectativas e na volta no Pacaembu foi campeão. O confronto do ano passado contra o próprio Boca fez o Corinthians esquecer que lá tem que se jogar com sangue nos olhos, seja em final, oitavas ou fase de grupos! Porque lá é a La Bombonera, caldeirão de um dos times mais tradicionais da Libertadores, e que por mais que este time no momento não seja capaz nem de fazer cosquinhas em um bom time brasileiro, tem que se respeitar e se fazer forte perante a grande pressão dos apaixonados (torcedores) pelo Boca.

O Corinthians não perdeu para o Boca, mas perdeu para o comodismo,  perdeu para a falta de reciclagem! Isso mesmo, o time continua fazendo jogos amarrados fora de casa na Libertadores.

O Boca jogou com sua tradição, com seu sangue, com sua honra de ser um dos maiores gigantes das Américas, encravada em seu peito! Talvez se o alvinegro jogasse daquela mesma forma, contra um time com a mesma qualificação do Boca, mas que não tivesse um alçapão a seu favor, talvez o Corinthians não perderia, talvez. Eu digo talvez porque o jogo foi decidido num detalhe. E por isso não se pode crucificar este ótimo time do Corinthians e o trabalho do técnico Tite. Mas se jogar da mesma forma fora de casa nas próximas fases (caso passe pelo Boca, claro), o clube paulista não conquistará o Bi campeonato.

De 2012 para 2013, a qualidade e a capacidade do grupo só aumentaram; já a entrega, pelo menos nesse jogo diminuiu. Jogando tudo o que pode, o Corinthians passa de fase. Mas pegar um Boca retrancado não será nada fácil. Afinal, desta vez o Corinthians vai enfrentar uma situação que não passou na última Libertadores.....Ter que reverter um placar! Como será este desafio para o alvinegro? Tendo que entrar em um jogo com a obrigação de vencer e sem poder dar espaços para a equipe adversária, por causa do temido gol fora de casa, que o Corinthians não fez e que caso tome, terá que fazer 3?

Marcar sim, mas desta vez, o Corinthians vai ter que arriscar mais, se expor mais do que se expôs em toda a Libertadores no ano passado! Este é o perigo! E fico com a minha curiosidade para saber como se sucederão os comandados de Tite e o estilo de jogo do treinador perante estas circunstâncias, é esperar para ver!