quarta-feira, 15 de maio de 2013

A reação ao golpe foi pior que o golpe em si!


Uns vão justificar com o fato de que Cássio estava adiantado. Outros vão dizer que Pato furou a bola que reacenderia o jogo. Outros tantos que Riquelme foi o principal responsável. Mas a maioria em absoluto colocará a culpa da eliminação corintiana em cima de Carlos Amarilla.

A maioria, incluindo este que vos fala, mas não se pode colocar na conta do árbitro também, a principal dificuldade do Corinthians: reverter resultados!

Já tinha dito em outro post que o Corinthians enfrentaria uma situação que não tinha enfrentado em nenhuma oportunidade na Libertadores passada: Entrar com obrigação de vitória. Em nenhum mata mata em 2012, o Corinthians havia perdido o primeiro jogo, dessa vez perdeu e entrava em campo tendo que sair pro jogo.

E conseguiu cumprir com o pré-estabelecido, fez seu gol. Só o que não estava pré-estabelecido era o glamour de incompetência prestado pelo Amarilla e seu assistente. O Corinthians obteve com Romarinho em posição legal o tão sonhado gol, mas o assistente o anulou de forma vexatória, com consentimento de Amarilla. Isto sem falarmos do pênalti não marcado pelo próprio Amarilla, pois Somoza cortou uma bola dentro da grande área com a mão, foi o toque de mão dentro da área mais intencional visto por mim desta e das últimas Libertadores da História. Não, Somoza não é jogador de vôlei. O Pacaembu não é uma quadra, é um estádio. E o árbitro sim, agiu com incompetência. O bandeirinha, o mesmo que anularia o gol de Romarinho momentos depois, nem para auxiliar. Parecia que ambos estavam com vendas nos olhos ou se vendo no telão do estádio do Pacaembu, ah lembrei, o Pacaembu não tem telão e muito menos os árbitros estavam com vendas, duas hipóteses descartadas. Então só resta-me dizer: Incompetência inadmissível!

Depois do show de erros da dupla de arbitragem, quem decidiu dar seu show foi Riquelme. Não no jogo inteiro, porque nada fez mais do que o gol, mas quem disse que craque precisa brilhar o tempo todo? Basta uma lucidez de genialidade, uma bola bem encaixada, um momento desapercebido de todos e pronto, a estrela brilha. Que o diga o goleiro Cássio, desapercebido estava em um chute que parecia cruzamento, ou vice versa, adiantado tomou o gol.

Pronto. Gol sofrido e necessidade de fazer três. O pior dos pesadelos. Não foi só o gol que afetou o time, mas os erros anteriores da arbitragem que amenizariam a situação e o gigantesco desafio de fazer três gols em 45 minutos, sendo que não havia feito nenhum em 135, bom nenhum legalizado.

Segundo tempo. Corinthians pressionava. O Boca não conseguia sair do seu campo. E Paulinho no começo, aos 5, fez renascer a esperança corintiana. Cruzamento perfeito de Emerson para a cabeçada mais que perfeita ainda de Paulinho, mais que perfeita porque Paulinho foi até a trajetória da bola, a posição futuro dela e também porque cabeceou no contra pé do goleiro. 1 a 1.

Dava impressão de que seria fácil. E era. Dava impressão de que o Corinthians aproveitaria o momento e conseguiria a reação esplendorosa, mas não foi o que aconteceu.

A torcida incendiou, o Timão pressionava, a energia do Pacaembu pulsava e contagiava à todos.
Mas aos poucos a chama foi se apagando.  O Corinthians estava nervoso. Não conseguia criar situações de gol. E esbarrava em sua principal dificuldade, dita por este colunista lá no início: Reverter resultados.
O que antes de a bola rolar era o desafio de um gol em 90 minutos para no mínimo a disputa ir para os pênaltis, agora era de se fazer 2 gols, em menos de meia hora.

O time de Tite estava previsível. Perigo mesmo só em bola aérea com Paulinho. Até que ele fez de novo, mas arbitragem novamente anulou. Não houve impedimento, mas houve falta dele no goleiro. Muitos da mídia discordam, talvez impulsionados pelos erros anteriores e querendo uma remissão do árbitro. Mas ao meu ver, houve falta sim.

Aos 30, Pato teve a bola para reincendiar o jogo, que naquela altura estava morno, tanto no campo, quanto nas arquibancadas. Mas ele furou! E quando foi descer com a perna que furou, a esquerda, involuntariamente a canela botou de lado a bola pela linha de fundo.

Tite ainda tentou uma última cartada, Douglas no lugar de Danilo, mas foi uma atitude mais de desespero pela necessidade de vitória.  Jogo truncado, difícil, chute de fora da área poderia ser a saída, Renato Augusto que faz isto muito bem não estava relacionado porque ainda se recupera de uma lesão. O jeito foi colocar o Douglas, é, foi o “jeito”.

O Corinthians tinha o controle da bola, mas não sabia o caminho para levá-la ao fundo das redes, ou melhor, sabia, mas havia um Boca embravecido dentro de campo, o Corinthians logo, aos poucos foi morrendo dentro dele.

Reprovado! No primeiro teste tendo que sair em busca do resultado, o time de Tite, não conseguiu o esperado. O árbitro influenciou. Mas se o Corinthians não estivesse tão nervoso e não sentisse a pressão da obrigação da vitória, talvez conseguiria fazer outros tantos, ainda que Amarilla anulasse tantos outros, porque o atual campeão da Libertadores tem potencial para mais, só não o fez, porque se abateu com Riquelme e a arbitragem.

O Campeoníssimo Corinthians enfrentou neste jogo tudo o que não enfrentou na Libertadores passada: Resultado adverso, pressão por obrigação de vitória e o principal: erros de arbitragem!

O Corinthians foi um antes dos erros e do gol sofrido e foi outro depois que o tomou.

Todos já passaram por isso. Alguns conseguiram ser campeões, outros não. Mas o que eliminou o Corinthians não foram só os erros de arbitragem (além do gol sofrido, claro); e sim também, como ele se comportou depois deles. Sentiu o golpe. Este golpe todos levam, a diferença está na reação de cada um. E o Corinthians reagiu mal. 

A reação ao golpe foi pior que o golpe em si!

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