quinta-feira, 6 de junho de 2013

Perder faz parte. Mas até pra perder tem que ter CARA !

Foram 74 dias desde que estreou como treinador do Flamengo, com 7 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. Números normais para quem analisa-los apenas com a matemática. Mas números péssimos para quem analisa-los como um todo. Não só pelos números, mas também pela falta de identidade que Jorginho saiu do comando técnico do Flamengo.

De 14 partidas o Flamengo venceu a metade com Jorginho no comando. Seria normal se o Flamengo tivesse jogado com equipes de grande calibre. É péssimo porque em sua maioria quase absoluta o Flamengo jogou com equipes inferiores ou aproximadamente do mesmo nível.  Pega-se as derrotas para Audax, Ponte e Náutico com mando de campo a favor, e se conclui que alguma coisa estava errada.

Muitos dizem que Jorginho não teve tempo o suficiente para mostrar o seu trabalho, eu penso ao contrário, teve tempo muito mais que merecido ao menos, para preparar uma equipe pra não ficar em penúltimo hoje no campeonato como está o Flamengo.

Jorginho teve pouco mais que dois meses, tempo de sobra! E mesmo assim começou o campeonato cercado de dúvidas. Pois foi necessário apenas 45 minutos de Marcelo Moreno no jogo de estreia para ele sacar Hernane e colocar o jogador naturalizado boliviano como titular no jogo seguinte. Bastou Renato Abreu zunir um pênalti contra Ponte Preta, para no jogo seguinte esquentar o banco de Joinville, tanto esquentou que entrou no segundo tempo a todo vapor sendo fundamental no heroico empate em 2 a 2 contra o Atlético/PR.

Sai Renato, Começa Carlos Eduardo. Sai Rafinha, Começa Paulinho. Sai Gabriel, Volta Rafinha. Sai Amaral, Começa Luís Antônio. Sai João Paulo, começa Ramon e vice versa!

Mexidas demais para quem se via em uma 4° rodada de campeonato nacional. Mexidas e indecisões demais para quem já havia passado vexame na Taça Rio anteriormente.

Jorginho ficou desgastado perante a diretoria e a torcida do Flamengo muito por conta também pela falta de padrão tático, que mal ou bem com Dorival Júnior, o Flamengo tinha e pela Falta de entrosamento dos jogadores que erravam passe de 3 metros, muito por causa das constantes mexidas do treinador.

Tantas mexidas que ocasionaram na principal falta que esse time tinha: Falta de identidade! Falta de time! Falta de cara!

Quando digo falta de cara, digo isto porque o Flamengo não tinha a equipe pronta. Tá certo que o elenco é fraco, mas como tudo na vida, ainda que seu potencial seja aquém do esperado, o que não pode faltar é convicção, certeza, decisão! 

Tantos times tecnicamente do mesmo nível do Flamengo, já conseguiram surpreender em tantos outros campeonatos brasileiros, mas justamente conseguiram porque tinham um time pronto! Tinham um time formado. O Flamengo não tinha, o Flamengo não tem! O Flamengo tem muitos jogadores, mas não um time exato!  Antes de afirmar se um time é bom ou ruim, tem que se ter um time pronto pra depois defini-lo se é bom ou ruim.

E agora para montar esse time, precisa-se de um bom nome. Especula-se Mano Meneses, Celso Roth, Renato Gaúcho. O último me agrada mais, Renato Gaúcho tem mais ‘perfil’ de Flamengo do que Roth e o careiro Mano. Resta-nos esperar.

Sem time, sem identidade, sem graça, sem cara, Jorginho assim caiu.

Na vida, se perde e se ganha. Se tenta e ás vezes, não se consegue o objetivo. Mas o que faz a diferença é o modo como as coisas são feitas. Você pode tentar, tentar, tentar e não conseguir. Mas se tiver convicção e cara pra dar a tapa, um dia você consegue se ajeitar.

O Flamengo de Jorginho não deu a cara a tapa, até porque nunca teve uma para dar. Perder faz parte, mas até para perder tem que se ter CARA.

A indefinição atrapalhou Jorginho e companhia.

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