O Flamengo acabou com a ginástica artística e o judô do
clube. Decisão tomada por esta nova diretoria, se baseando no argumento em que
a ginástica consome 2 Milhões de reais anuais do clube, aproximadamente 167.000
reais mensais.
Sem embromação e sem enrolação, já vou dizendo o que penso:
a diretoria errou!
Você pode discordar, dizendo que o custo mensal gasto com a
ginástica é alto. Mas para isso teríamos que pegar a média do que os outros
clubes também gastam. E mesmo assim, os outros clubes não possuem três dos
principais ginastas brasileiros: Jade Barbosa, Daniele Hypólito e o campeoníssimo
Diego Hypólito, logo natural que o Fla gaste mais com eles.
Dizer que foi necessário acabar com a ginástica para cortar
gastos, sinceramente me parece um jeito de sumir com o problema sem ao menos pensar
em tentar resolvê-lo.
Uma coisa é desaparecer com o problema. Outra é ter que deixa-lo
de lado, justamente quando não se tem outra opção, como foi no caso de Vágner
Love. O Flamengo teve que dispensá-lo de volta para Rússia porque não tinha
outra maneira de mantê-lo, afinal o Fla ainda tinha que pagar mais de 14
milhões de reais para completar o pagamento. Este sim foi um caso que não havia
outro jeito.
Agora, como bem falou Diego Hipolyto, contestando o argumento
da diretoria rubro negra, que o salário dele e dos outras atletas mais o da
comissão técnica não chegava a um salário de um jogador de futebol do clube.
Argumento que contra põe o da diretoria. E eu complemento, o que é mais fácil? Acabar
com um esporte que está à anos com a bandeira do Flamengo ou dispensar um
jogador comum?
Claro que o futebol tem que ser o carro chefe do Flamengo,
já falei aqui em outra oportunidade que não existe Flamengo sem futebol e vice versa.
Mas uma coisa é PRIORIZAR, outra é ANIQUILAR.
Bem disse também, a ginasta Jade Barbosa, que não tem
cabimento uma cidade que sediará a próxima Olimpíada, não ter nenhum clube para
apoiar ginastas olímpicos. Ela não tem razão? Isso não é um absurdo? Com
certeza!!!! Mais que uma decisão de corte, esta decisão do Flamengo veio na
pior hora possível e vou além: Não quiseram pensar um momento que fosse, em
como contornar a situação, e já explico isso abaixo.
Simples. Se o Rio de Janeiro é a próxima sede dos jogos
Olímpicos, é claro que o nosso Governo irá tentar de todas as formas, investir
em novos atletas e em instalações para o aprimoramento e crescimento dos
esportes em que mais temos chances. Logo entra nessa lista, a ginástica e o
judô, entre outros. Isto sem falar, das empresas privadas que vão querer entrar
nesse bolo, patrocinando os atletas e os clubes.
Se a diretoria tivesse feito um planejamento, poderia sim,
caso buscasse, conseguir um patrocínio para apoiar a ginástica e o judô do
clube. Ou vocês acham que nenhuma empresa em absoluto iria querer patrocinar
dois dos três esportes que forneceram medalha de ouro para o Brasil nos últimos
jogos Olímpicos? Óbvio que sim! E o Flamengo poderia mundialmente expor sua
marca e ser uma concentração desses esportes na Olimpíada. Por isso digo que não
quiseram nem pensar, poderiam conseguir patrocínio e aumentar a visibilidade da
marca Flamengo por todo mundo. Pois é, tanto a ginástica, quanto o judô,
perderam uma das casas mais importantes para o seu desenvolvimento e para
chegarem fortes em 2016. A decisão da diretoria não afeta só o clube e sim o
esporte num cenário nacional.
Mas foi mais fácil se livrar do problema do que tentar
resolvê-lo. O primeiro grande erro dessa nova diretoria do Flamengo. E caso
continue a pensar assim “cortar, cortar, cortar”, erros piores ainda virão.
Nem sempre cortar é a solução ! ! ! !
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