quarta-feira, 6 de março de 2013

Sumiram com o problema sem ao menos tentar resolvê-lo.


O Flamengo acabou com a ginástica artística e o judô do clube. Decisão tomada por esta nova diretoria, se baseando no argumento em que a ginástica consome 2 Milhões de reais anuais do clube, aproximadamente 167.000 reais mensais.

Sem embromação e sem enrolação, já vou dizendo o que penso: a diretoria errou!  

Você pode discordar, dizendo que o custo mensal gasto com a ginástica é alto. Mas para isso teríamos que pegar a média do que os outros clubes também gastam. E mesmo assim, os outros clubes não possuem três dos principais ginastas brasileiros: Jade Barbosa, Daniele Hypólito e o campeoníssimo Diego Hypólito, logo natural que o Fla gaste mais com eles.

Dizer que foi necessário acabar com a ginástica para cortar gastos, sinceramente me parece um jeito de sumir com o problema sem ao menos pensar em tentar resolvê-lo.

Uma coisa é desaparecer com o problema. Outra é ter que deixa-lo de lado, justamente quando não se tem outra opção, como foi no caso de Vágner Love. O Flamengo teve que dispensá-lo de volta para Rússia porque não tinha outra maneira de mantê-lo, afinal o Fla ainda tinha que pagar mais de 14 milhões de reais para completar o pagamento. Este sim foi um caso que não havia outro jeito.

Agora, como bem falou Diego Hipolyto, contestando o argumento da diretoria rubro negra, que o salário dele e dos outras atletas mais o da comissão técnica não chegava a um salário de um jogador de futebol do clube. Argumento que contra põe o da diretoria. E eu complemento, o que é mais fácil? Acabar com um esporte que está à anos com a bandeira do Flamengo ou dispensar um jogador comum?

Claro que o futebol tem que ser o carro chefe do Flamengo, já falei aqui em outra oportunidade que não existe Flamengo sem futebol e vice versa. Mas uma coisa é PRIORIZAR, outra é ANIQUILAR.

Bem disse também, a ginasta Jade Barbosa, que não tem cabimento uma cidade que sediará a próxima Olimpíada, não ter nenhum clube para apoiar ginastas olímpicos. Ela não tem razão? Isso não é um absurdo? Com certeza!!!! Mais que uma decisão de corte, esta decisão do Flamengo veio na pior hora possível e vou além: Não quiseram pensar um momento que fosse, em como contornar a situação, e já explico isso abaixo.

Simples. Se o Rio de Janeiro é a próxima sede dos jogos Olímpicos, é claro que o nosso Governo irá tentar de todas as formas, investir em novos atletas e em instalações para o aprimoramento e crescimento dos esportes em que mais temos chances. Logo entra nessa lista, a ginástica e o judô, entre outros. Isto sem falar, das empresas privadas que vão querer entrar nesse bolo, patrocinando os atletas e os clubes.

Se a diretoria tivesse feito um planejamento, poderia sim, caso buscasse, conseguir um patrocínio para apoiar a ginástica e o judô do clube. Ou vocês acham que nenhuma empresa em absoluto iria querer patrocinar dois dos três esportes que forneceram medalha de ouro para o Brasil nos últimos jogos Olímpicos? Óbvio que sim! E o Flamengo poderia mundialmente expor sua marca e ser uma concentração desses esportes na Olimpíada. Por isso digo que não quiseram nem pensar, poderiam conseguir patrocínio e aumentar a visibilidade da marca Flamengo por todo mundo. Pois é, tanto a ginástica, quanto o judô, perderam uma das casas mais importantes para o seu desenvolvimento e para chegarem fortes em 2016. A decisão da diretoria não afeta só o clube e sim o esporte num cenário nacional.

Mas foi mais fácil se livrar do problema do que tentar resolvê-lo. O primeiro grande erro dessa nova diretoria do Flamengo. E caso continue a pensar assim “cortar, cortar, cortar”, erros piores ainda virão. Nem sempre cortar é a solução ! ! ! !

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