domingo, 3 de março de 2013

Data marcante para Zico e agora também para o Botafogo


3 de março. Aniversário do eterno ídolo e craque Zico.  Amado por rubro negros e tantos outros brasileiros, Zico completou nesta data 60 anos. Mas esta data de hoje se tornou histórica também para os botafoguenses. Foi a primeira vitória em sua casa, o Engenhão, em cima do Flamengo. O Botafogo quebrou um tabu de três anos. Onze jogos. Um número quase que absurdo para quem, por mais que ceda o estádio para o rival mandar suas partidas, joga clássico em casa. Afinal se você não tiver moral em casa.....vai ter aonde?

Enfim, ufa! Graças! Comemora o torcedor botafoguense esta primeira vitória.

No jogo em si, vencido pelo alvinegro por 2 a 0, poucas emoções no primeiro tempo. O ‘filé’, para quem gosta de uma partida emocionante, estava mesmo na segunda etapa.

Mas cabe registrar, que os papéis de cada time foram invertidos com um minuto de jogo. O Botafogo é quem tinha que correr atrás, pois o empate era do Flamengo, logo a proposta rubro-negra era de explorar os seus espaços. Mas a situação mudou em um lance individual, num belíssimo gol de Júlio César, a bola bateu numa trave e foi morrer no canto oposto. Deixando oposto também os papéis de cada equipe. Agora o Flamengo era quem tinha que sair para o jogo e o Bota explorar os contragolpes.

Pois é, o Botafogo se defendeu muito bem! Mas não aproveitou nenhum contra ataque, até porque o Flamengo não oferecia, justamente porque não atacava. Isso mesmo, precisando do gol, o Flamengo não conseguia de hipótese alguma assustar o goleiro Jefferson. Sinceramente, se alguém ligasse a Televisão naquele instante, sem o placar para avisá-lo quanto estava o jogo, iria pensar que os dois estavam se classificando.

Antes de terminar a coluna, já digo, o Flamengo mereceu a eliminação. Não finalizou uma bola no primeiro tempo e time que quer chegar à uma final, seja ela qual for, tem que finalizar. 45 minutos sem finalização? ISTO É UM CRIME contra o bom futebol.

No segundo tempo, Dorival enxergou o que deveria ter feito com 15 minutos de bola rolando, mas não o fez, porque treinador nenhum tem coragem de substituir alguém por motivos técnicos logo no começo. Finalmente ele tirou Carlos Eduardo e colocou Rodolfo, além também de tirar Elias e colocar Renato Abreu. O Flamengo melhorou. Não ao ponto de brilhar e encantar, mas pelo menos lembrou, ainda que um pouco, o time que arrasou todos na fase classificatória da TG.

O Flamengo cresceu e chegava. O Botafogo se recuou e começou a marcar mal. O time da estrela solitária sofreu uma blitz do Rubro-negro. Finalmente o time de melhor campanha fazia por onde pra merecer o empate.  Mas esbarrou numa tarde muito feliz de Jefferson. Ele defendeu tudo. Hernane, artilheiro do campeonato, teve sua chance. Cara a cara com o goleiro, cabeceou em cima dele, no rebote Jefferson foi com tudo e esticou a perna esquerda salvando o que seria o empate do Flamengo, no chute do Hernane.
Dorival decidiu apostar todas as suas fichas. Tirou um volante, o Cáceres e colocou o garoto Gabriel, ex-Bahia, para fazer sua estreia. O garoto entrou bem, deu um belo chute de fora da área em que Jefferson salvou de forma esplêndida. Não rendeu tudo o que pode, normal, primeiro jogo, mas não se escondeu da bola e mostrou que será importante ao Flamengo.

O jogo continuava, parecia à mim que o Flamengo iria empatar. Foi quando lembrei, vendo as defesas espetaculares de Jefferson, que até ali Felipe não tinha feito nenhuma defesa difícil no jogo, porque o Botafogo não estava dando trabalho. Mas foi só eu notar isso que Oswaldo de Oliveira decidiu mexer para dar trabalho ao arqueiro rubro-negro. Teve estrela e encaminhou o clássico com uma substituição. Ele percebeu que o Botafogo nada fazia. Estava tomando pressão, afinal também, no primeiro tempo, quando Andrezinho se machucou, ele colocou um volante, o Gabriel. E no segundo tempo, tirou o lateral, Júlio César, autor do gol do primeiro gol, para colocar um zagueiro, o ex rubro negro, André Bahia. Foi aí que com um time todo atrás, com TRÊS zagueiros e TRÊS volantes, Oswaldo decidiu ceder um pouco à coragem e largar o medo de lado. Colocou Vitinho no lugar de Lodeiro. Dois bons jogadores. Só que para aquela situação do jogo, era o ideal. Pois Lodeiro, cadencia mais o jogo, é mais técnico; já Vitinho usa de velocidade, é ágil, e era disso que o Botafogo precisava (velocidade) para tentar matar o jogo. E foi o que aconteceu.

O Flamengo, que já não pressionava tanto assim, começou a se preocupar lá atrás. Porque Vitinho ‘chegou chegando’, teve uma chance logo de cara. Depois Felipe que estava apenas assistindo ao jogo, fez grandes defesas, salvou o Flamengo num chute cara a cara que recebeu de Felipe Gabriel. No rebote, também cara a cara, só que com o Vitinho, Felipe salvou novamente. O Botafogo abusava, melhor, Vitinho abusava em desperdiçar oportunidades.

Até que chegou o último minuto do jogo. Falta para o Flamengo. Felipe foi pra área. Nada aconteceu, e o Botafogo teve o contra ataque fulminante. De pé em pé, a bola chegou à Vitinho, que finalmente, depois de perder três chances de matar o jogo, marcou. Também pudera, sem goleiro.......se não fizesse, já podia enterrar a cara no chão.

É claro que, não posso deixar de falar, da péssima atuação do árbitro Grazianni Rocha. Entre tantos erros, e o estrelismo do árbitro, sem dúvida, o pênalti não marcado para o Flamengo foi vergonhoso para o jogo. Ibson chutou de fora da área e Marcelo Mattos usou os braços para se defender. Pênalti. O árbitro não marcou. Se o Flamengo tivesse empatado naquela ocasião, não iria se expor, o Botafogo não contra atacaria tanto, e o segundo gol não aconteceria (pelo menos daquela forma), pois Felipe não teria a necessidade de sair do gol no último minuto. Enfim, não cabe a mim julgar e tentar adivinhar o que iria acontecer, agora o Flamengo foi prejudicado e muito pela arbitragem.

Mas independente de erro de árbitro, o Flamengo não podia ficar sem finalizar no primeiro tempo inteiro. Melhor para o Botafogo, que controlou o jogo e venceu com um gol relâmpago e um golpe de misericórdia no fim. Mais que merecido.



E no aniversário de 60 anos de Zico, neste dia 3 de março, o Botafogo também guardará essa data para a eternidade, por ter sido sua primeira vitória em casa contra o Flamengo.  Festa pro Zico! Festa pro Botafogo. Datas especiais para ambos!

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