sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O campeonato ainda não é do Flamengo, mas o de ontem foi!



Primeiro clássico dos milhões do ano. E o vitorioso foi o Flamengo.  Diga-se de passagem um clássico como há muito tempo não víamos.

Como há muito tempo não víamos pela quantidade de gols, como há muito tempo não víamos, pela quantidade de golaços, como há muito tempo não víamos por um time ter conseguido abrir três gols de diferença durante o jogo.

Ontem, o Engenhão presenciou um jogo que todos nós queríamos que sempre os clássicos assim fossem, normalmente os primeiros clássicos dos anos sempre são jogos mornos, pouquíssimos gols e com uma enorme tendência para o empate.

O Flamengo brilhou. Com toques de bola rápido e eficazes, com o famoso “1 e 2”, realizado sempre com muita agilidade, o Flamengo conseguiu enquadrar o Vasco. Nessa desenvoltura do toque de bola rubro-negro, vejo o dedo do técnico Dorival Júnior, neste tempo enorme que teve para trabalhar a equipe, é claro que os treinamentos realizados pelo técnico rubro-negro foram fundamentais para tal evolução. A chegada do volante Elias deu um enorme requinte de qualidade ao meio campo rubro-negro, e o que dizer então da evolução de Íbson, que no ano passado inteiro não chegou nem 50% do que já jogou neste ano, o Flamengo precisava que o Íbson voltasse a jogar bola e isto para a graça rubro-negra está acontecendo. O que falar então do golaço de Cléber Santana, ainda com a bola rolando uma pancada de primeira, no ângulo de Alessandro.

Ontem vendo o jogo, concordei em parte com a opinião do comentarista Rafael Resende, a goleada do Flamengo aconteceu pelo estilo de jogo vascaíno, mas também aconteceu pelo enorme entrosamento do grupo rubro-negro e a agilidade de todo o time. O Vasco até aqui no campeonato, sempre jogou aberto, contra os times pequenos tinha sido assim, e contra o Fla não foi diferente. Só que dessa vez a equipe cruz maltina pegou um adversário que sabe contratar rapidamente e com muita qualidade. Uns reclamam que a ausência de Carlos Alberto fez a diferença, mas ao meu ver, não mudaria muita coisa, é claro que o Vasco teria uma opção de criação com a qualidade dele, mas o grande problema do Vasco ontem não foi a falta de oportunidades e sim a falta de qualidade lá atrás, a marcação do Vasco é fraca, raramente a defesa vascaína cortava uma bola e saía jogando, da maioria das vezes era bola cortada pra lateral e por aí vai. Outro detalhe foi que o Bernardo carregou o time nas costas.

É claro que não poderei deixar de falar do grande destaque do jogo: Rafinha.  Nunca vi um jogador tão jovem assim em sua estreia em clássico jogar com tanta autoridade e leveza assim, não parecia que era o primeiro clássico dele, parecia que já era veterano de tempos, Rafinha não sentiu o peso do clássico. Ele entortou a defesa vascaína, Dedé deve estar até agora procurando o jovem garoto no Engenhão, enfim grande revelação rubro-negra. Que continue assim. Afinal tenho certeza de que Rafinha honrará um dos lemas do Flamengo: “craque o Flamengo faz em casa”.

Antes do clássico, o Vasco vinha de resultados melhores que o Flamengo, fazia resultados mais expressivos contra os pequenos do que o Flamengo, mas como diz o ditado, bater em cachorro morto é mole, você a verdadeira força de alguém quando a briga é de cachorro grande! Já vi muitos campeonatos cariocas, e muitos deles, o time que mais goleava os pequenos não conseguia o título, então nem me impressionava os resultados cruz maltinos antes do clássicos. O resultado agradou os rubro-negros? Sim. Decepcionou os vascaínos? Sim. Mas não é o fim do mundo para os vascaínos e nem o título garantido já para o Flamengo. Tem muita coisa ainda pela frente, e este só foi um jogo.

Mas essa alegria tamanha que vemos nas ruas, e em todos os lugares por parte dos rubro-negros, é justamente por causa de uma frase que retrata muito bem tudo isto: “Flamengo e Vasco é um campeonato a parte”, e este campeonato foi do rubro-negro.

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