terça-feira, 27 de novembro de 2012

Decisão Certa na hora errada! Mas antes tarde do que nunca!

O que surpreendeu o público e a empresa brasileira em relação à demissão de Mano Meneses do cargo da seleção, não foi o fato dele merecer ou não a demissão, pois pelo desempenho dele à frente da amarelinha, ele merecia sair sem sombra de dúvidas, aliás há mais tempo até.O que surpreendeu foi o momento que ele foi demitido, justamente quando ele já estava formando o time, quando finalmente ele tinha uma base e quando a seleção vinha jogando o seu melhor futebol desde que ele assumiu (com exceção é claro, do superclássico das Américas).

O  que me parece bastante evidente, que a decisão foi tomada, quando o Brasil deixou de ganhar o ouro olímpico, em que era favorito, contra uma seleção que Mano mais tinha enfrentado no comando do Brasil (tudo bem que eram jogadores jovens, mas não deixa de ser uma obrigação ele conhecer bem os jovens também desta seleção), o México. Foi decepcionante, naquele momento, a maioria pedia a saída do comandante da seleção, que não tinha jogadas ensaiadas e um esquema de defesa que se defendesse bem de bolas aéreas, principal arma mexicana. Criticavam merecidamente o técnico, ainda mais quando somavam esta medalha de prata à eliminação precoce da Copa América, com quatro cobranças de pênaltis desperdiças.

Mano até então, fazia e muito por merecer a sua demissão naquele exato momento, afinal de contas é inadimissível o Brasil não ganhar de uma seleção de grande porte nesse período de dois anos (não considero uma grande vitória contra a Argentina no clássico das Américas, pois os hermanos não jogaram com suas principais forças). Neste mesmo período, mal ou bem, Dunga, já tinha feito muito mais, o Brasil tinha ganho de goleada duas vezes da Argentina e numa delas, na final da Copa América, com uma base que não era a considerada titular da seleção brasileira.

A grande verdade é que esperaram o fim da temporada para efetivar a demissão. O  que me leva a crer,  que  as opções da CBF, não poderiam deixar seus cargos no meio do campeonato brasileiro. Analisando, Tite, não deixaria o timão no meio do ano, podendo disputar o Mundial. Murici também não largaria o Santos, ainda mais que tinha a Re-Copa Sul-americana pelo caminho. E Felipão ainda dirigia o Palmeiras na luta para não cair, aí que aproveito a oportunidade e tenho uma forte opinião de que ele será o nosso treinador, pois dois, três jogos antes de sair do comando do Palmeiras, Felipão tinha afirmado que não sairia do Palmeiras e que se foi campeão com o time, também seria rebaixado com a equipe,, comovente, mas nada verdadeiro, acabou que ele saiu do comando alvo e verde. Será que já não existia um combinado entre ambas as partes? Talvez sim.

Enfim, o momento era aquele, ao término das Olimpíadas. Mas o presidente inteligentemente ou não, esperou o fim da temporada, o que ele não esperava era que Mano fosse fazer a equipe evoluir justamente neste momento, o que fez muitos criticarem essa demissão, mas mesmo assim, José Maria Marin, presidente da CBF, teve peito e manteve sua decisão (digo manteve, porque como já opinei, acho que isso já foi definido por ele há muito mais tempo) e demitiu o treinador gaúcho.

Uma demissão que já teve momentos mais apropriados para acontecer, concordo com a demissão de Mano, e este colunista que vos escreve, que começou com o título dizendo que a hora era inoportuna, termina lhes dizendo: Antes tarde, do que nunca. Bye, bye Mano!


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